segunda-feira, 19 de abril de 2010

62 anos de Independencia de Israel

“Se quiseres não será uma lenda”
O sonho de Theodor Herzl de uma Estado Judeu, tornou-se realidade em 1948. As aspirações do jornalista húngaro que dedicou parte de sua vida num engajado plano de mobilizar os judeus em direção a “Terra Prometida”, não teve muito êxito em sua época. Mas a semente do sionismo criou raizes e com o passar dos anos floreceu.

Theodor insistia que o renascimento nacional em seu próprio país, era um direito do povo judeu. Direito reconhecido na declaração de Balfour.

Movidos pelo mesmo sentimentos de Herzl, milhares de judeus fixaram residência em todo o território. As imigrações, muitas delas clandestinas, alterou significativa e quantativamente as comunidades judaicas. Kibutz, moshav e yeshuvah tiveram um importante palpel na criação de um país.

A Declaração de Independência de Israel foi lida pelo seu Primeiro Ministro Ben Gurion, numa cerimônia no Mudeu Nacional em Tel Aviv em 14 de maio de 1948 (5 de yvar de 5708) e assinada por 37 membros do conselho do povo.


As linhas de abertura comprovam a existência de judeus no território em todos os períodos da História:

“A terra de Israel foi o berço do povo judeu. Aqui a sua identidade espiritual, política e religiosa foi moldada. Aqui o povo viveu, criaram valores culturais de significância nacional e universal e deram ao mundo o eterno Livro dos livros...”

Com a retirada do exército britânico em 15 de maio, a bandeira de Israel assume o seu lugar para sempre. Diante dos olhos umedecidos de centenas de pessoas, tremulava ao vento, nas cores azul e branco, um dos símbolos do novo país.

De imediato, Israel enfrenta uma guerra contra as tropas de países árabes. A Guerra de libertação arrasta-se por quase um ano, mas Israel obtem o domínio de uma parcela considerável do território, superior aos 55% estabelecidos na Partilha. No entanto, o sangreto conflito deixa suas vítimas: 1% da população existente no país na época.

Graças ao Eterno D-us de Israel que nunca invalidou o seu concerto para com o seu povo, Israel comemora 62 anos de sua independência e resurge nos últimos anos como uma imponente nação.

A letra do hino nacional caracteriza o desejo suplemo do povo: “viver em liberdade na nossa terra, terra de Sion e Jerusalém”.

Resta-nos mover os lábios numa sincera oração: “Aquele que faz a paz nas alturas, faça a paz sobre nós e sobre todo o povo de Israel. E digamos amén”.


Marion Vaz

domingo, 11 de abril de 2010

Shoah - Holocausto


Israel lembrou na noite deste domingo (11) a morte de 6 milhões de judeus na Segunda Guerra Mundial com uma emocionada cerimônia no Museu do Holocausto (Yad Vashem) em Jerusalém na qual participaram as principais autoridades políticas e religiosas do país.

Contos - Uma Estranha Maneira de Encontrar com Jesus

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Ao cair da tarde, Ana e seus filhos faziam o culto doméstico. A oração inicial, a leitura bíblica era feita pelo esposo, que dava prosseguimento ao culto. Quatro crianças sentadas em banquinhos de madeira ouviam em silêncio. Marcos e Marta eram gêmeos e tinham oito anos. Lucas tinha sete anos e Maria apenas cinco. Os dois alunos maiores eram alunos da Escola Dominical e já sabiam se comportar e ter reverência na hora do culto. Quanto aos dois menores era preciso um pouco mais de paciência, e às vezes, um olhar mais sério do pai.

Lucas era o mais tagarela e não deixava os irmãos quietos. Enquanto a mãe arrumava a sala e a pequena Maria, via-o dando beliscões nos irmãos. O menino resmungava e pedia silêncio. O pai saiu do quarto com a Bíblia nas mãos e as crianças faziam cara de anjinhos. Uma espécie de medo misturada a respeito.

Do lado de fora da casa outras pessoas passavam pela calçada que beirava a estrada. Homens e mulheres apressados pela hora ou nervosos pelos problemas que os consumiam. Vidas que eram envolvidas pelas canções que escapavam pela janela aberta. Entre tantos passos apressados, surgem os de Jovelino, um homem forte com uma maleta de documentos nas mãos. O cabelo despenteado pelo vento e o rosto amargurado pelas desilusões, fazia contraste com o belo porte do homem.

Naquela manhã Jovelino sai atrasado de casa e caminha rápido pela rua em direção à rodoviária. Por coincidência ou providência divina, ao passar na frente da casa de seu João, ouve o homem fazendo sua leitura devocional matinal, em voz alta:
- “Vinde a mim todos vós que estais...”

Mas Jovelino não tem tempo de ouvir o restante do versículo bíblico, preocupado com o horário do ônibus que o levaria ao centro da cidade. Mas aquela mensagem o acompanha, ecoando em seu coração cansado e oprimido pelos problemas da vida. Outros dias se passaram e outras mensagens o perseguiram. Mas Jovelino não entendia aquele aperto no coração, aquela vontade de chorar, aquele vazio na alma. Na volta do trabalho descia do ônibus e começava sua trajetória para casa, onde por certo, mais problemas estariam a sua espera. Alguns metros pareciam quilômetros pelo jugo do pecado que carregava.

As casas eram juntas umas das outras separadas apenas por muro. Quando passava em baixo das janelas, mesmo que não quisesse, participava da vida alheia, mesmo que fosse por alguns instantes. Era barulho de rádio, esposas brigando com maridos, crianças chorando. Mas adiante morava uma velha ranzinza, depois seu Teodoro, um alcoólatra que batia na mulher. Depois vinha a casa dos crentes, o único momento de refrigério que experimentava. A musica que vinha de lá de dentro aquietava seu coração. Depois era a vez da casa de dona Zezé, ela fazia bolos. O cheiro era bom. Ele respirou fundo ao ver a casa verde onde morava. Lá estava um dos seus muitos problemas! Não conseguia viver em paz com a esposa.

Ele vinha caminhando devagar, como se quisesse adiar a chegada em casa. Os hinos na casa dos crentes podiam ser ouvidos de longe. Engraçado, ele gostava daquela melodia: “Por que te abates, ó minha alma...” De repente, o cântico parou. Duas crianças começaram a discutir:
- Empresta! Pediu Lucas.
- Não! É minha! Respondeu Marta segurando firme o objeto da discussão.

O menino magricela se aborreceu e arrancou das mãos da irmã o que queria e atirou-o pela janela, no instante que Jovelino passava. O objeto voador caiu em cheio em sua cabeça e depois caiu aberto na calçada. Ainda zonzo pela pancada, ele abaixa e pega o livro de capa preta, lê alguns trechos e chora, ali mesmo, no meio da rua.

O pai da criança abre a porta de casa e vai ao encontro do tal homem, enquanto crianças assustadas expiam pela janela a cena que se seguia: irmão João pede desculpas pelo ocorrido. O homem com lágrimas nos olhos aperta a Bíblia contra o peito. O espírito Santo estava trabalhando. Irmão João entende o mistério e ora pelo pecador arrependido. A cena chama a atenção das pessoas que passam na rua e Jovelino é convidado a entrar na casa dos crentes. Meia hora depois sai dali um homem diferente. A angustia dava lugar a paz. Uma paz que ele nunca tinha experimentado antes.

A Bíblia em cima da mesa da sala, ainda aberta na página lida pelo que antes era pecador, é lida pelo pequeno Lucas que iniciava seu conhecimento bíblico: “Vinde a mim todos vós que estais casados e oprimidos e eu vos aliviarei”. O menino espera pacientemente a reprimenda dos pais, sem se dar conta que ganhara a primeira alma para Cristo.

Marion Vaz

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Pessach - Páscoa Judaica


A comemoração do Pessach (páscoa) traz a memória um dos episódios marcantes da história bíblica: a saída do povo de Israel do Egito. Após 430 anos de escravidão, os hebreus começam uma longa caminhada pelo deserto para alcançar a Terra Prometida.


Moisés é o lider espiritual consagrado por Deus para essa missão. Em cada lar, os judeus comemoram com seus familiares, assentados a roda da mesa, esse mitvot ordenardo pelo Eterno Deus de Israel e relembram cada detalhe do relato bíblico, ensinando e repassando de geração em geração esse costume judaico: O seder, a leitura do Agada e no final do seder, eles apresentam essa oração: HaShaná Havaa Ierushalaim - "No próximo ano em Jerusalém"

A páscoa cristã abrange outro significado: Morte e ressurreição de Jesus Cristo. Os episódios descritos nos Evangelhos, mostram passo a passo os últimos dias de Jesus, sua condenação e crucificação. O mesmo relato também faz parte de várias apresentações em teatros, Lonas culturais e também nos Arcos da Lapa do Rio de Janeiro. Fiéis de todas as idades se rendem a esse dramático episódio que marca o início do Cristianismo.

A devoção apaixonada de Jesus pela humanidade, oferecendo-se em sacrifício a favor dos pecadores faz parte das pregações em todas igrejas do mundo e traz essa mensagem do amor incondicional de Deus para a salvação da humanidade:

"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito para que todo aquele que nele cre não pereça mas tenha a vida eterna" João 3.16

Marion Vaz

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Rio – Cidade Maravilhosa, submersa.


O volume de chuvas que caiu sobre o Estado do Rio de Janeiro nas últimas 24 horas transformou vários pontos da cidade num caos.


Enchentes, deslizamento de terra, casas soterradas, alagamento nas principais vias de acesso, mortes e muitos desabrigados. O caos atingiu vários setores, comercial, público, transportes, educação e ministérios do governo. O alagamento deixou pessoas nas ruas, sem poderem transitar. Elas ficaram presas nos ônibus, carros ou simplesmente a pé, a procura de um meio de transporte que as levassem para casa.

Uma medida de prevenção do atual prefeito do Rio foi transmitida pelos canais de comunicação. As pessoas deveriam ficar em suas casas para evitar transtornos evidnetes e para preservação da vida. Para os locais considerados como área de risco, o alerta foi o contrário: As pessoas deveriam se deslocar de suas residências para casas de parentes e amigos ou abrigos providenciados em função da emergência.

Na manhã de terça-feira as imagens divulgadas pelas redes de televisão mostraram cenas desesperadoras. A notícia de uma Cidade Maravilhosa submersa repercutiu em vários jornais do exterior. A frente fria que chegou ao Rio causando chuvas fortes, nos faz lembrar a época em que um dilúvio inundou a terra (Gn 7.17). Quarenta dias de chuvas fortes fizeram a arca de Noé flutuar. A abundância de águas deixou o mais alto monte submerso e uma sociedade pecadora pereceu.

A tragédia que se abateu sobre o Rio trazendo angústias e desespero a tanta gente, não se parece nem um pouco com o que aconteceu na época de Noé. Mas em meio a tanto descaso com a cidade, não só por parte das autoridades como da própria população carioca, que admite não saber como as coisas chegaram a esse ponto, nos leva a uma reflexão: A longo ou em curto prazo, qual a nossa parcela de culpa?

Marion Vaz
07/04/2010

Tragédia X Louvor

Depois da tragédia ocorrida no Haiti, um grupo de repórteres voltou a algumas cidades castigadas pelo terremoto para mostrar como aquelas pessoas estavam vivendo. Durante o relato exibido no Globo Repórter nesta terça-feira, muitas imagens mostravam a dificuldade de famílias inteiras, vivendo em casebres improvisados ou em barracas espalhadas em um campo de futebol. O terremoto causou a morte de milhares de pessoas que foram enterradas em covas coletivas, deixou milhares de órfãos, famílias desamparadas, desemprego e angústia.

Em meio a essa tragédia, alguns fatos interessantes: o sentimento de ajuda mútua que os sobreviventes encontraram para se consolarem uns aos outros; a luta constante para continuar a viver, descobrindo novas fontes de renda. Alguns queriam entender o porquê de tanta calamidade, e algumas crianças que sorriam e se divertiam com o pouco que lhes restou.

De repente, algo me chamou a atenção. Alguns dos voluntários que estavam lá fizeram algo mais do que tentar abrandar a dor e sofrimento daquelas pessoas. Num abrigo que servia para crianças órfãs, ouviu-se uma melodia. Não era uma musica característica da região, não era um cântico de alguma religião do Haiti. Era um hino cantado em português por crianças Haitianas. A melodia que é ouvida nas rádios evangélicas e que às vezes, nem damos a devida atenção aqui no Brasil, era entoada como um som de louvor a Deus, por quem não tinha, até pouco tempo, nenhuma razão para acreditar no amanhã.

A letra da musica dizia: “entra na minha casa...”, mas eles não tinham residência alguma, das belas casas ao menor casebre daquele lugar, só restou escombro, lama e sujeira. Mas eles cantavam bem alto: “entra na minha vida...” talvez fosse esse o desejo daqueles heróicos “missionários” brasileiros, que sem querer, plantaram uma semente do amor a Jesus, em meio a tanta desgraça. Que o som da letra daquela melodia continue ecoando naqueles pequenos corações e quem sabe, algum dia possamos ter notícias de uma igreja nascida entre os escombros. Deus abençoe aquela gente sofrida e aqueles que fizeram a sua parte.

Marion Vaz
07/04/2010

terça-feira, 6 de abril de 2010

Tem misericórdia de mim

Um homem estava assentado junto ao caminho, mendigando. Talvez com fome, sede, frio, sem esperanças, esquecido como tantos outros que enfrentavam seu destino. Um homem desprezado pela sociedade da época, era cego, maltrapilho, vivendo em trevas física e espiritual. Acostumado a receber esmolas, a ser maltratado, descaso. Era o cego de Jericó.

De repente, ouve o som das vozes de uma multidão, ouve os passos, muitos passos, apressados, mas ele não podia ver o que estava acontecendo, mas podia sentir que estavam alegres, alguns cantavam dando louvores a Deus. Outros reclamavam, empurravam outros para chegar mais perto para serem abençoados por aquele estranho homem que circulava por ali. Mas o cego apenas ouvia todo aquele burburinho a sua volta. A curiosidade o dominou, seria alguém importante por certo. Se fosse rico poderia dar uma boa esmola. Então ele pergunta o que estava acontecendo. Alguém responde: É Jesus de Nazaré que está passando.

O cego libera um sorriso, Jesus! Já tinha ouvido falar sobre ele, era bom e curava as pessoas. Podia ouvir os gritos de glórias a Deus, quando alguém recebia uma benção. Ele também queria ser abençoado. Mas era cego e ninguém o guiaria até ele, estavam ocupados demais com suas próprias necessidades! É ordenado a se calar: Ele não vai te abençoar, fique quieto! Mas o pobre cego não se deu por vencido, começou a gritar, alguém disse que se calasse, mas ele gritava o mais alto que podia: - Jesus, Filho de Davi tem misericórdia de mim!

Jesus interrompe sua caminhada e manda chamar o cego. Alguém corre ao seu encontro: anima-te, o senhor te chama! Avisaram. O cego volta a sorri, seu coração agora transborda de felicidade. Lança longe a velha capa e segue em direção ao Messias. Hoje o pobre cego, esquecido na beira de uma caminho próximo a cidade de Jericó, tornou-se conhecido em todo o mundo. A atitude repreendida naquele tempo por algumas pessoas, hoje serve para encorajar outras pessoas a não desistir de seus objetivos. Os gritos do cego são repetidamente mencionados em pregações e palestras, como um sinal para alcançar as bênçãos de Deus.

Que queres que eu te faça? Perguntou Jesus. O pedido: Que eu veja! Então vê! Responde o Mestre abrindo-lhe os olhos para uma vida nova. A escuridão desaparece dando lugar a luz do dia. Pela primeira vez ele pode ver o rosto das pessoas, as cores das túnicas, as crianças, as flores, a terra que pisava.

O que fez Jesus parar sua caminhada para abençoar aquele homem? O seu estado de miséria ou o seu clamor? O desespero expresso em suas palavras ou o fato de reconhecer Jesus como descendente do trono de Davi? Pregadores e teólogos se desdobram em conjeturar uma infinidade de razões. Mas o que salientamos é que o Senhor é misericordioso, seu desejo de abençoar vidas vai além da nossa capacidade de compreender. O cego poderia seguir outros caminhos, mas preferiu seguir Jesus, reconhecendo Nele o salvador, testemunhando a outros e glorificando a Deus.

Texto Bíblico Lucas 18.35

Marion Vaz

FÉ - Qual a medida que existe em você?

Você já pensou que para agradar ao Senhor é preciso ter fé? Este é o segundo caminho a ser percorrido. Mas o que é fé? Um sentimento? Uma atitude? Um modo de vida? No hebraico Emuná tem o mesmo significado desta palavra de apenas uma sílaba no vocabulário português, para o cristão hodierno.

Vejamos como o escritor aos hebreus definiu fé: “É o firme fundamento das coisas que se esperam e a certeza das coisas que não se vêem” (v. 1). Então concluímos que a fé é o ponto de partida para obtermos alguma coisa. Temos a fé natural, nascemos com ela e utilizamos no nosso dia a dia. A fé de caráter espiritual é aquela que nos leva a crer no impossível.

A fé vê o que está longe (Hb 11.13), vê o invisível (vs. 27), ela dá origem ao milagre. Se o crente precisa ver milagres acontecerem em sua vida, precisa confiar mais em Deus. A fé abre portas, dissipa as trevas, a fé cura.

A fé remove montanhas, montanhas de pecados que nos separam de Deus, de fracassos, de doenças. Ela produz um novo estilo de vida. A fé produz justificação (Rm 3.28). A fé coopera com as obras (Tg 2.22).

Qual a medida da sua fé?

A Bíblia fala das seguintes medidas de fé: fala da ausência da fé. “Sem fé é impossível agradar a Deus” (Hb 11.6). Em Mt 17.20 fala que os discípulos tinham pouca fé, num momento em que oravam para expulsar os demônios de um lunático. Esta medida de fé é insuficiente para produzir milagres, para acalmar tempestades (Mt 8.26).

Mas a fé pode ser aumentada, pois os discípulos suplicaram a Jesus: “Senhor, acrescenta-nos a fé” Lc 17.5. A medida da fé pode ser aumentada no ouvir a Palavra de Deus (Rm 10.17).

Temos outra medida de fé em Mt 15.28, Jesus falando a uma mulher disse-lhe: ”Mulher, grande é a tua fé”. A fé quando é grande possibilita o recebimento de curas espirituais e físicas.

Precisamos de exemplos de fé, como a do centurião da cidade de Cafarnaum (Mt 8.10), “tanta fé”. Admira-nos o fato dele não estar pedindo benção para si e sim para um de seus servos.

Observamos que a fé pode encher, transbordar. Os membros da igreja do Senhor podem se cheios de fé e do Espírito Santo, como Estevão (At 16.5). Separados para servir, para trabalhar na obra de Deus (Vs. 2,3), para produzir grandes sinais (vs. 8).


Estudo Bíblico de Enoque Rafael transformado em artigo por Marion Vaz.

 

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Mulheres em Crise



A história bíblica está repleta de personagens que deixaram para cada um de nós suas experiências com D-us. Pessoas que tiveram momentos de profunda tristeza, ou medo ou angústia. mas também nos presenteia com outros que tiveram momentos intensos de comunhão com o Senhor.

Interessante que, cada uma dessas experiências foram vivenciadas passo a passo, dia após dia, e com intervá-los que, por alguma rãzão, o próprio texto bíblico omite.

Hoje temos sim, o texto completo. Mas ao lermos a Bíblia detalhes passam despercebidos quando queremos apenas identificar as "verdades" bíblicas. É por isso que muitos perdem a essência dos ensinamentos que o nosso D-us quer ministrar em suas vidas.

Mas, como o nosso título diz: Mulheres em crise, e isso para chamar sua atenção quanto ao verdadeiro  conteúdo do texto, vamos falar sobre algumas mulheres. Vamos começar com Ana, uma mulher que dividia o amor e a atenção do seu marido com outra esposa: Penina, que foi abençoada por D-us com filhos enquanto ela era estéril.

O relato bíblico nos mostra a angustia de uma mulher hebreia, que não podia ter filhos. Conforme a cultura da época, ser estéril era motivo para ser desprezada, não só pela sociedade, mas também pelos familiares (I Sm 1.6). O texto é bem claro e diz que Penina "excessivamente a irritava". Isso quer dizer que acontecia de forma contínua e violenta a ponto de Ana não suportar mais a situação.

Não podemos deixar de lado as diferenças, mas temos que entender o lado de Penina também, que apesar de dar filhos ao seu marido, sabia que ele amava mais a Ana, o que ele fazia questão de demonstrar.

Mesmo assim, Ana entrou em crise e chorava constantemente. Ela não queria comer. Nem mesmo o amor de seu marido era suficiente para aplacar tanto desgosto. O texto informa que seu coração estava mal, provavelmente o semblante caído, triste, o tempo todo. Ela mesma confessou ao sacerdote que era uma mulher atribulada de espírito (vs 15).

De ano em ano, Elcana subia a Siló com toda a sua família para adorar na Casa de D-us como estava escrito no Mandamento dados a Israel. Ali, ele dava as suas esposas, porções, para que pudessem oferecer em sacrifícios ao Senhor.

Ana, mesmo com um coração entristecido incomodou-se com aquela situação e resolveu invocar ao Senhor mais uma vez. O texto não diz quantas vezes ela orou ao Senhor em todos aqueles anos e qual a intensidade de sua oração, o que deixa margem para muitas suposições.  Mas naquele dia foi diferente e ela orou e chorou abundamentemente (vs 10).

 


Observe que naquele ano o sacerdote Eli observou essa mulher e a teve como embriagada por causa do seu estado deplorável. Observe que ela humildemente explicou sua situação e foi o sacerdote que ministrou uma palavra de vitória para a vida dela (vs 17).

Através da sua oração, Ana demonstrou todo o sofrimento e amargura do seu coração. O desejo de ter um filho era tão grande que ela fez um voto a D-us (vs 10-11). A resposta veio no ano seguinte, ela deu a luz a um menino e pôs o nome de Samuel, que se tornou um profeta e sacerdote e mudou toda a trajetória do povo de Israel devido a sua comunhão e temor a D-us.

Agora sim, vejamos quais as lições práticas que podemos destacar no texto bíblico referente a Ana:

1- Buscar ao Senhor nas horas de aflição.
2 - Não se conformar com determinadas situações.
3 - Fazer um voto e cumpri-lo.
4 - Fé
5 - Estar na presença de Deus.

Todas essas ações são importantes.

Mas, eu gostaria que você entendesse algo muito especial: É que o nosso D-us ouve uma oração sincera e que embora Ana lamentasse a sua situação, ela investiu numa mudança. Ela entendeu que a solução viria do Senhor. Ela não desistiu!

Quem está  livre dos problemas da vida?  Ou das enfermidades, dos desentendimentos familiares, do desemprego, ou das angustias? É lógico que somos provados por algum tempo. Mas as Escrituras dizem que esse mesmo D-us inclina os seus ouvidos para nos ouvir (Is 59.1). E que Ele trabalha a nosso favor (Is 64.4).

Assim, ao homem ou a mulher, basta buscar ao Senhor em orações e suplicas até alcançar o que deseja como explica essa declaração:   

“Ora, ora, ora mais ainda. Qualquer que
seja o objeto da tua necessidade,
orar é o melhor meio de obtê-lo.”       Talmud



Marion Vaz