terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Cair no Espírito

“A minha casa será chamada Beit shel Tefilin - Casa de Oração”

Depois de pensar muito sobre o assunto achei que deveria escrever sobre os exageros que assistimos em determinados vídeos postado no You Tube sobre igrejas, pastores e os excessos em determinadas reuniões evangélicas. Bastar assistir meia dúzia de dez para entender o porquê de algumas pessoas ficarem completamente avessas a tais reuniões.

No intuito de proclamar uma mensagem de salvação, mudança de vida, etc., preletores e pastores não medem esforços para mostrar o que chamam de “poder de Deus” e alguns chegam ao estremo do absurdo! Eu tenho que admitir que tais exageros provocam certa repulsa em pessoas de outras religiões, e eu nem posso culpá-los por isso!

Na verdade, já li e vi comentários em blog de evangélicos que endossam as críticas porque também não suportam mais ver a religião, como eu disse a um amigo, transformada num remédio de tarja preta, com o qual se aprisiona crentes, para terem o total domínio sobre eles e suas contas bancárias.

Num determinado vídeo, o preletor nem se dava ao luxo de esconder sua satisfação quando as pessoas caiam ao chão, algumas possessas outras “no espírito”.



Engraçado que em outro vídeo aparece uma criança pedindo ao pastor para "cair" e ele prontamente atende. A menina que devia ter seus sete ou oito anos ficou deitada no chão. Fica difícil entender e até defender essa idéia de religiosidade ao ver esse vídeo. Outro vídeo mostrava pessoas caindo possessas como se fossem a atração principal do "culto". Eu não aceito que o “mal” (inimigo) se torne participante do culto de adoração a Deus. Quando ele passa a ser a parte fundamental da reunião. Pois sem a sua “participação” o culto fica sem graça e as pessoas desmotivadas a contribuir. Desculpem a franqueza de tal explanação, mas é a pura verdade!

Infelizmente, tais vídeos estão postados para quem quiser assistir, comentar ou criticar: pessoas rolando pelo chão como manifestação do poder de Deus, gritarias e rodopios, menos, bem menos ou quase nada de ensinamento da mensagem bíblica! Eu fico pensando naquele judeu (Jesus) caminhando de uma região a outra: Samaria, Galiléia, Judéia, Peréia... Arrastando aquela sandália de couro por estradas empoeiradas falando do reino de Deus, ensinando por parábolas, por gestos, com amor, com dedicação. Acho que ele não está gostando nem um pouco dessa bagunça toda!

Sabe, naquele momento em que Ele derrubou as mesas dos cambiadores e gritou pra todos ouvirem: “Está escrito: A minha casa será chamada Beit shel Tefilin! Casa de Oração”. Pois é, esse mesmo versículo é bastante usado para criticar os judeus da época, quando se ministra sobre oração! Será que se esse Jesus estivesse presente hoje nos cultos mencionadas acima, a quem vocês acham que ele chamaria: “Raça de víboras?” Hum?

Na urgência de se propagar uma mensagem mais “pentecostal”, determinadas igrejas exageram na liturgia dos cultos, se é que se pode chamar aquilo de liturgia! O fato é que as coisas estão saindo fora do padrão apresentado pelo "Mestre dos mestres". E deixem-me abrir um parêntese: Eu não estou me referindo àquele costume sócio-cultural em que cada país ou tribo ou região têm e que devem preservam em suas comunidades e liturgia religiosa. Não!

Estou falando dos exageros que invadiram as igrejas, devido talvez a demanda (quantidade de pequenas e grandes igrejas e diversos “ministérios” que surgiram no decorrer dos últimos anos) em que cada uma delas adotou uma forma de exercer sua religiosidade. Mas eu não culpo as pessoas que “caem no chão”, pois é a falta de ensinamento bíblico que leva a imaturidade, assunto que o apóstolo Paulo tanto combatia.(tadinho!)Mas a gente entende que tem gente que gosta desse tipo de apresentação! Falando sério: Tem gente que adora aparecer! Se você acha que eu exagerei é só passar no You Tube e conferir.


Marion Vaz

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

O Natal nosso de cada ano



"Pois na Cidade de Davi vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo o Senhor!"




Dezembro está chegando ao fim trazendo a data mais esperada do ano: o Natal. É nesse momento que todas as pessoas passam a se olhar como semelhantes.


Damos as mãos numa cerimônia única de amor e alegria. Votos de Boas Festas e Feliz Ano Novo viram o slogan de nossos Email e recados do Orkut. Todo queres desejar felicidades. É como um “vírus” que contamina a todos, então corremos para as lojas em busca do presente perfeito para aqueles a quem amamos.

Assim, no decorrer dos anos, o natal passou a ser uma data com fins lucrativos. O Nascimento do Menino Jesus, representado nos presépios deitado naquela manjedoura, cercado de gente humilde, animais e pastores, ficou lá trás num passado distante. Natal só é Natal se houver aquela imensa árvore cheia de luzes e enfeites coloridos e muitos, muitos presentes! Em cada lar, ela se faz presente contagiando a todos com o que chamam de “Espírito Natalino”.

É nas Igrejas que encontramos outra versão do Natal, quando milhares de fiéis se reúnem para cantar louvores, fazer representações e coreografias que transmitam o verdadeiro sentido do Natal. Ali o homem demonstra sua fé no Menino Deus que nasceu em Belém.

E pensar naquele casal caminhando por uma estrada empoeirada saindo de Nazaré, atravessando vale e montanhas para chegar a tempo de José se alistar em Belém de Judá. Maria com aquela barrida enorme sentada num burrico, balançando de um lado para o outro até chegar ao vilarejo. E pensar que não havia lugar na estalagem para eles. Maria com uma trouxa de roupas nas mãos, cansada, recebendo a notícia do marido e os dois olhando em volta e não tendo a quem recorrer.

E pensar que nos dias de hoje, ninguém se locomove até o shopping (ou para a Igreja) se não tiver um carro! Montanhas de dinheiros arrecadados nas vendas de brinquedos, roupas, jóias, ou seja lá o que se deseja presentear! E Maria, coitada, sentindo as dores do parto seguindo com dificuldades para o único lugar disponível: Uma estrebaria!

Mas alguém vai me recriminar, e acredite que isso realmente vai acontecer, dizendo que hoje os tempos são outros, que a tecnologia, as invenções e todos os Blá-blá-blás que usamos para diminuir nossa culpa, nosso pecado de hipocrisia, de gastar tanto dinheiro em supérfluos e não separar um só tostão para ajudar o próximo, ou mesmo aquele irmão de sangue o ano todo que passou! E depois sorrimos e dizemos como se fosse uma oração: Feliz Natal!

Talvez essa não fosse a Mensagem de Natal que você esperava ler. Paciência! Nem tudo é perfeito! E eu não fujo a regra! Mas é Natal, uma data importanter demais pra guardar rancor. Então saia de casa e comemore, ou fique com a família. Sorria! Festeje! Ame a todos sem discriminação!

Marion Vaz

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Prato de Lentilha

Observamos no texto sagrado a história de dois irmãos que desde o vente da mãe já enfrentavam diferenças. Jacó e Esaú, filhos de Isaac e Rebbeca nasceram na mesma época, eram gêmeos. Mas havia uma profecia a favor de um e contra o outro. Diz o texto: “Duas nações há no teu ventre, dois povos. Um será mais forte do que o outro, e o maior servirá ao menor” Gênesis 25.23

Os dois jovens cresceram e Esaú tornou-se um grande caçador. Era o primogênito, o herdeiro das promessas do pai. E Isaque amava a Esaú. Jacó, porém era mais calmo, varão simples e habitava em cabanas e tinha o amor de sua mãe.

Jacó, cujo nome apontava para suas fraquezas, estava provavelmente sentado na porta de sua tenda cozinhando algo para comer. Esaú chegou cansado sem uma caça nas mãos e a fome tomando conta de sua razão. Aproveitando-se dessa fraqueza do irmão, Jacó ofereceu um prato de lentilha em troca da primogenitura. Este, de bom grado, não recusou a comida.




Chegado os anos de velhice de Isaque, os olhos faltaram à visão e apenas pelo tato podia diferenciar os filhos, pois Esaú tinha o corpo coberto de pêlos e Jacó tinha a pele mais fina. Temendo o fim de seus dias, chama seu primogênito para trazer uma boa caça e assim preparar-lhe um almoço decente.

Conhecendo as intenções do marido de abençoar um dos filhos, Rebeca chama o filho amado e propõe enganar Isaque. Ela fez uma comida saborosa, cobriu o corpo de Jacó com pele de cabrito para que o pai não pudesse notar a diferença. Com as roupas de Esaú, Jacó recebe as bênçãos do primogênito segundo os costumes da época.

O final da história é do conhecimento de todos. Esaú chega atrasado e descobre que o irmão o enganou de novo, a ele e ao pai. Seu coração se enche de ira e ele deseja a morte de Jacó. O jovem enganador tem que deixar a casa da família e fugir para bem longe.

O relato acima é descrito na Bíblia e assim inicia-se a trajetória de Jacó em direção a vontade de Deus. Hoje, a maioria das pessoas recrimina o jovem Jacó por tudo o que foi mencionado: Sutileza, engano, rebeldia, provocação, dissensões familiares, decepções... Quantos erros! O típico caso de rejeição caso o Senhor Deus não tivesse planos para sua vida e sua descendência. Jacó casa-se com duas mulheres: Lea e Raquel que lhe dão filhos e assim formam as doze tribos de Israel. Essa troca de nome oferecida por Deus também é um marco significativo na história.

Voltemos ao início do artigo para o bom e saboroso prato de lentilha oferecido em troca da primogenitura de Esaú. Sem atropelar todas as discussões teológicas a respeito desse assunto, pensemos que o próprio Esaú não tinha o menor interesse nas bênçãos e direitos da primogenitura. Se não, não teria se desfeito dela. O próprio texto bíblico indica que todo o seu orgulho estava naquilo que fazia de melhor: a caça. E com elas os pratos que preparava que tanto cativava a atenção do pai.

Jacó não, para ele a primogenitura tinha valor, por isso a queria tanto. Não para agradar aos homens, mas a Deus. E a partir daí todos os passos de Jacó o levam ao cumprimento da vontade do Eterno em sua vida. Esaú continua sua trajetória e torna-se um príncipe habitando nas montanhas de Seir. No final da história perdoa o irmão e os dois sepultam o pai.

As lentilhas vermelhas são até o dia de hoje um alimento favorito naquele território, onde é preparada com cebolas, alho, arroz e azeite de oliva. Ocasionalmente lhes adicionam carne.


O prato de Lentilha pode significar hoje qualquer atalho ou atitude que tomamos para impor nossa vontade e consequentemente, rejeitar a intervenção de Deus em nossa vida, assim como fez Esaú.


Marion Vaz

domingo, 12 de dezembro de 2010

Dia da Bíblia


“B I B L I A eu tenho em meu coração B I B L I A!”

Aprendi esse pequeno trecho de uma canção quando ainda era muito pequena e ele sempre foi usado para comemorar o dia da Bíblia. Acredito que ainda hoje é cantado em muitas Igrejas.



O interessante, é que no decorrer dos anos esse Livro Sagrado foi o meu companheiro do dia a dia.



Aprendi muito. Aprendi a amar a Deus e ao próximo, aprendi a história de Israel e todas as mensagens do Antigo e do Novo Testamento.


Infelizmente, ainda hoje me assusto ao perceber que muitas pessoas não entendem absolutamente nada de Bíblia, não conhecem história dos personagens bíblicos, nada sobre Israel, e às vezes nada sobre o próprio Deus! Conhece apenas aquilo que ouvem dos pregadores, e aqui pra nós, alguns deixam muito a desejar.

O Dia da Bíblia surgiu em 1549, na Grã-Bretanha, quando o Bispo Cranmer, incluiu no livro de orações do Rei Eduardo VI um dia especial para que a população intercedesse em favor da leitura do Livro Sagrado. A data escolhida foi o segundo domingo do Advento - celebrado nos quatro domingos que antecedem o Natal. Foi assim que o segundo domingo de dezembro tornou-se o Dia da Bíblia.

No Brasil, o Dia da Bíblia passou a ser celebrado em 1850, com a chegada, da Europa e dos Estados Unidos, dos primeiros missionários evangélicos que aqui vieram semear a Palavra de Deus.

Festividades a parte, a leitura dos livros sagrados deveria ser uma prática em cada lar. Diz o salmista que a palavra é como lâmpada acesa para iluminar os pés e o caminho do servo de Deus (Salmos 119.105). Observe a recomendação do Senhor a Josué para que meditasse nas leis de Deus dia e noite.



A Palavra além de iluminar, ela vivifica, guia, transforma, regenera. Leia a Bíblia com oração e meditação! Deixe Deus falar com você!




Como purificará o jovem o seu caminho? Indaga o salmista e logo após dá a resposta. Então aqui vai o meu conselho: Leia a Bíblia! Leia a Bíblia toda! Leia todos os dias! Faça propósitos com Deus e Leia! Não há manual mais completo e eficaz para a vida do homem!


Marion Vaz

Perfeição de A a Z

Amoroso,
Benigno,
Corajoso,
Descolado,
Esperto,
Fiel,
Grato,
Humilde,
Inteligente,
Justo,
Leal,
Manso,
Notável,
Obediente,
Perdoador,
Querido,
Responsável,
Sutil,
Talentoso,
Único,
Valente,
X da questão,
Zeloso.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Chanukah


O festival de Chanucá foi instituído por Judas Macabeu e seus irmãos para celebrar esse evento: Depois de se recuperar Jerusalém e o Templo, Judá ordenou que o Templo fosse limpo, um novo altar construído no lugar daquele poluído.



De acordo com o Talmud, o azeite era necessária para a menorá no Templo, que foi obrigado a queimar durante a noite toda noite. Mas só havia óleo suficiente para queimar por um dia, mas milagrosamente, ele queimou por oito dias, o tempo necessário para preparar um novo suprimento de óleo para a menorá.

Um festival de oito dias foi declarado pelos sábios judeus, para celebrar este milagre.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Três tipos de cegueira

Cegueira Física

O homem nasce com uma deficiência visual. Ela pode ser parcial ou total. Às vezes, por obra do destino, alguém pode perder a visão em algum momento da vida.

Mas isso não deixa a pessoa apática, muito pelo contrário, aguçam outros sentidos e afloram sentimentos que fazem dela uma pessoa maravilhosa e sensível.

Cegueira Social

O homem torna-se insensível perante a sociedade e dos problemas que afligem a humanidade. Torna-se preconceituoso e só o que lhe diz respeito é importante.

Ele é incapaz de ajudar os outros, de “remover pedras”, tudo passa a ser obra do destino e nada mais pode ser feito para amenizar a vida do seu semelhante. Acomoda-se com a miséria, a discriminação, o ódio, as guerras...

Cegueira Espiritual

O homem determina em seu coração: Não há Deus!


Marion Vaz