quinta-feira, 21 de abril de 2011

Páscoa - Morte e Ressurreição de Jesus Cristo


O Domingo de Ramos é a festa litúrgica que celebra a entrada de Jesus Cristo na cidade de Jerusalém.


É também a abertura da Semana Santa. Nesse dia, são comuns procissões em que os fieis levam consigo ramos de oliveira ou palmeira, o que originou o nome da celebração. Segundo os evangelistas, Jesus foi para Jerusalém para celebrar a Páscoa Judaica com os discípulos.

Entrou na cidade como um rei, mas sentado num jumentinho - o símbolo da humildade - e foi aclamado pela população como o Messias e Rei de Israel. A multidão o aclamava: "Hosana ao Filho de Davi!" Isto aconteceu alguns dias antes da sua Paixão, Morte e Ressurreição.

A Páscoa Cristã celebra então a morte e ressurreição de Jesus Cristo. Um episódio marcante descrito nos quatro Evangelhos e que dá início a primeira fase do Cristianismo. Assim, a morte de Jesus é a prova do amor de Deus para com a humanidade perdida e através do seu sacrifício salvífico o acesso irrestrito a presença de Deus.

Assim, conta-nos os autores dos Evangelhos como Jesus foi julgado, condenado e através das ordens dadas por Pilatos, ele é espancado, humilhado, arrastado pelas ruelas de Jerusalém até chegar no local indicado para crucificação, o Gólgota.





Ali, Jesus sofreu o mais terrível dos castigos: sem qualquer constrangimento, soldados romanos continuam o ritual da crucificação usando pregos e martelos para imobilizar o condenado e pregando seus pés e mãos na madeira da cruz. Depois, seu corpo é erguido no centro do monte, ao seu lado estão outros dois condenados.

A narrativa bíblica mostra que tal condenação (morte de cruz) era algo comum imposto pelo próprio Império romano que dominava toda aquela região. No entanto, a morte de Jesus passa a vigorar no sentindo espiritual como sacrifício pessoal para remissão dos pecados. É através da fé no sacrifício de Jesus e no seu sangue derramado que os cristãos têm a certeza do perdão de Deus para os seus pecados e a cura para suas enfermidades.

Assim, as dores insuportáveis, o sangue que já cobria o corpo de Jesus por causa dos açoites e outros tipos de espancamentos, escorriam e cobria o chão, a coroa de espinhos cravada na cabeça, os olhos esbugalhados e sem expressão, o próprio corpo despido, as últimas frases ditas por Jesus, as pessoas que assistiam aquela terrível cena e nada podiam fazer, são descritos em poesias, hinos e apresentados em cantatas e no cerimonial da santa ceia nas igrejas. Ao último suspiro e com essas palavras: “Está consumado” Jesus morre.

Ás vésperas do shabat, dois homens entram para a história, José de Arimateia e Nicodemos, ao pedirem o corpo de Jesus para ser enterrado num local adequado.

Mas a história do homem Jesus não termina quando seu corpo é colocado num sepulcro. É certo que as próximas horas mostram a dispersão dos discípulos que, sem qualquer entendimento, lamentavam a morte do seu Mestre. Alguns viajaram para outras regiões, outros se esconderam temendo sofre as mesmas acusações, outros se lamentavam e choravam.

Ao despontar o primeiro dia da semana, as mulheres que foram ao sepulcro, ficaram surpresas ao ver a pedra removida. Exposições paralelas do texto bíblico a parte, Jesus aparece a Maria Madalena que reconhece seu mestre e passa a ser uma mensageira das boas notícias aos discípulos.

Apressadamente, alguns correm até o lugar para saber o que realmente havia acontecido. O texto no Evangelho de João (20.8) é claro quando diz que esse discípulo entrou e viu o lugar vazio e creu.




A partir desse episódio, os textos bíblicos indicam as várias aparições de Jesus aos seus discípulos em locais diversos e suas conversas e que cada um deles tem uma atitude diante dos fatos. O certo é que a ressurreição passa a vigorar como um alicerce para a nova fé que aos poucos começava a crescer. De uma simples seita dos Nazarenos chegaria ao Cristianismo de hoje.

Em seu artigo O poder da Ressurreição, Dave Hunt comenta:“a Ressurreição não é apenas um evento histórico do qual nos lembramos com satisfação e alegria.




Mas também o maior acontecimento da história (passada, presente e futura) de todo o cosmos! O maior evento de todos os tempos no universo é também um dos mais difíceis de entender. Nós falamos sobre esse acontecimento de uma forma extremamente trivial, mas ele é o pivô em torno do qual toda a história se articula e que a dividiu para sempre (a contagem do tempo) em duas partes.

 A divisão do tempo não deveria ser apenas a.C. (antes de Cristo) e d.C. (depois de Cristo); deveria ser a.R. (antes da Ressurreição) e d.R. (depois da Ressurreição)”.

Assim, dois episódios bíblicos importantes são lembrados nessa época: enquanto os judeus comemoram o Pessach (páscoa judaica) que festeja a saída do povo de Israel do Egito, neste domingo todos os cristãos comemoram o episódio que pode ser chamado de a coroação da páscoa cristã: A Ressurreição de Jesus.



Marion Vaz

Ver artigo no link abaixo:
 http://www.chamada.com.br/mensagens/ressurreicao_de_cristo.html

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Tradições pagãs na Páscoa

No português, como em muitas outras línguas, a palavra Páscoa origina-se do hebraico Pessach. Os espanhóis chamam a festa de Pascua, os italianos de Pasqua e os franceses de Pâques.

A festa tradicional associa a imagem do coelho, um símbolo de fertilidade, e ovos pintados com cores brilhantes, representando a luz solar, dados como presentes. De fato, para entender o significado da Páscoa cristã atual, é necessário voltar para a Idade Média e lembrar os antigos povos pagãos europeus que, nesta época do ano, homenageavam Ostera, ou Esther – em inglês, Easter quer dizer Páscoa.

Na Páscoa, é comum a prática de pintarem-se ovos cozidos, decorando-os com desenhos e formas abstratas. Em grande parte dos países ainda é um costume comum, embora que em outros, os ovos tenham sido substituídos por ovos de chocolate.

No entanto, o costume não é citado na Bíblia. Portanto, este costume é uma alusão a antigos rituais pagãos. Ishtar ou Astarte é a deusa da fertilidade e do renascimento na mitologia anglo-saxã, na mitologia nórdica e mitologia germânica.

A primavera, lebres e ovos pintados com runas eram os símbolos da fertilidade e renovação a ela associados. A lebre (e não o coelho) era seu símbolo. Suas sacerdotisas eram ditas capazes de prever o futuro observando as entranhas de uma lebre sacrificada (claro que a versão “coelhinho da páscoa, que trazes pra mim?” é bem mais comercialmente interessante do que “Lebre de Eostre, o que suas entranhas trazem de sorte para mim?”, que é a versão original desta rima.

A lebre de Eostre pode ser vista na Lua cheia e, portanto, era naturalmente associada à Lua e às deusas lunares da fertilidade. De seus cultos pagãos originou-se a Páscoa (Easter, em inglês e Ostern em alemão), que foi absorvida e misturada pelas comemorações cristãs. Os antigos povos nórdicos comemoravam o festival de Eostre no dia 30 de Março. Eostre ou Ostera (no alemão mais antigo) significa “a Deusa da Aurora” (ou novamente, o planeta Vênus). É uma Deusa anglo-saxão, teutônica, da Primavera, da Ressurreição e do Renascimento

Ostera (ou Ostara) é a deusa da Primavera, que segura um ovo em sua mão e observa um coelho, símbolo da fertilidade, pulando alegremente em redor de seus pés nus. A deusa e o ovo que carrega são símbolos da chegada de uma nova vida. Ostara equivale, na mitologia grega, a Deméter. Na mitologia romana, é Ceres.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1scoa


A palavra Páscoa em várias línguas

• Afrikaans - "Paasfees"
• Alemão - Ostern
• Árabe - عيد الفصح (ʿĪdcrisdutividade u l-Fiṣḥ)
• Basco - Bazko
• Búlgaro Великден ('Velikden)
• Catalão - Pasqua
• Espanhol - Pascua
• Esperanto - Pasko
• Finlandês - Pääsiäinen
• Francês - Pâques
• Friulano - Pasche
• Georgiaა- (Aghdgoma)
• Grego - Πάσχα (Páscha)
• Húngaro - Húsvét
• Inglês - Easter
• Irlandês - Cáisg
• Islandês - Paska
• Italiano - Pasqua
• Japonês - イースター (Īsutā)
• Latim - Pascha ou Festa Paschalia
• Letão - Lieldienas
• Neerlandês - Pasen
• Norueguês - Påske
• Polonês - Wielkanoc
• Português - Páscoa
• Romeno - Paşti
• Russo - Пасха (Paskha)
• Sueco - Påsk
• Turco - Paskalya
• Ucraniano - Великдень (Velykden')


Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1scoa

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Síndrome de Ziba

Ao ouvir uma mensagem com esse tema, fiquei pensando sobre o assunto e resolvi escrever. Ziba aparece no texto bíblico com um servo da casa do rei Saul. Estabelecido o reinado de Davi, este o chamou para saber acerca dos descendentes de Saul e se tinha alguém vivo para que pudesse usar de benevolência em memória de sua amizade para com Jônatas.

Era normal que assentando no trono, o rei mandasse aniquilar qualquer um da família do rei que o antecedeu, para evitar problemas posteriores ou por vingança mesmo. Mas Davi tinha outros planos. É Ziba que traz a memória o nome de Mefibosete, filho de Jônatas e neto de Saul, que vivia em Lo-Debar (Hb: Sem Pastos).

Assim, Mefibosete é chamado à presença do rei e recebe todos os bens que pertenciam a Saul e passa a comer na mesa do rei com todas as iguarias que lhe eram servidas. Ziba recebe ordens de se tornar servo de Mefibosete e administrador dos bens.

Uma história bastante interessante se não fosse por um pequeno detalhe. Se dependesse de Ziba, o pobre Mefibosete poderia não ter recebido nada e continuaria morando de favor na casa de Maquir (Vs 4) e como nos mostra a seqüência da história (cap 16 e 19)), Ziba vai arquitetar um plano para mudar sua posição de servidor.

O que nos chama atenção no texto é a forma como Ziba se referiu a Mefibosete: aleijado de ambos os pés (Vs 3). Além de mostrar a posição desfavorável do homem que praticamente dependia da bondade alheia para comer, vestir, locomover-se, Ziba faz questão de mencionar uma deficiência física que o impedia de ser útil a sociedade.

A Síndrome de Ziba não é nenhuma novidade na sociedade atual. Por diversas vezes somos humilhados, ridicularizados, insultados e constantemente, como de uma forma maligna, encontramos pessoas, amigos e até familiares que insistem em fazer depreciações, seja de forma verbal ou com insinuações, risinhos e deboches que nos atingem como flechas nos corações.

Quem não teve o desprazer de se esforçar 99% para alcançar um objetivo ou até mesmo ajudar alguém e sem o menor respeito é aquele 1% que todo mundo enxerga. Seja ele um problema físico, uma atitude do passado, o desemprego, o mau humor naquele momento crítico, ou até mesmo uma virtude que alguém tenta transformar em fracasso, em megamania? Eu conheço pessoas com síndrome de Ziba, com seu dedo apontando o tempo todo, examinando, reclamando, debochando e num ato derradeiro de “compaixão”: aconselhando. E Mefibosete, lá, deitado no chão, sentindo-se a pior das criaturas.

Talvez tenha sido essa a intenção de Ziba ao dizer: Aleijado de ambos os pés! Ou seja, é um pobre coitado, não serve pra nada, só dá trabalho, não vale nem a pena dar oportunidade para ele!

A Síndrome de Ziba pegou em cheio um dos discípulos de Jesus no episódio da Multiplicação dos pães. Lembra quando um jovem apareceu com um cesto contendo apenas cinco pães e dois peixinhos? Ele disse: O que é isso para tanta gente? (João 6.9). Talvez alguém tenha classificado o seu dom dessa maneira! E é por isso que ele está enterrado! Porque alguém não te deu o devido valor!

Quantas vezes somos assaltadas com palavras de desanimo, de descrença, e roubam nossos sonhos? Quantas vezes somos desacreditadas diante dos outros, dos amigos, dos filhos? Tido como sem valor algum? E às vezes por causa das adversidades da vida! Atitudes como as de Ziba impedem muitas pessoas de se assentar a mesa do Rei!

Pense nisto!

Marion Vaz

terça-feira, 12 de abril de 2011

São estes os pregos usados na crucificação de Jesus?



A reportagem no Haaretz chamou minha atenção.




Como estamos as vésperas da festa mais importante tanto para os judeus – Pessach, tanto para cristãos - Páscoa, é óbvio que vamos ter uma infinidade de textos a respeito do assunto sendo blogados na Internet. Aqui vai minha colaboração.

Você deve estar se perguntando porque eu coloquei duas palavras para exemplificar o mesmo assunto? Ok! Não estou equivicada. O Pessach é uma festa muito importante para o povo judeu. Ela traz a memória a libertação do povo da escravidão no Egito. Vou fazer uma exposição maior sobre o assunto no blog Eretz Israel.

Para os cristãos é diferente. Deveria ser a comemoração da morte e ressurreição de Jesus, mas em muitos lugares é o chocolate que assume o papel mais importante da Páscoa! Todo mundo está condicionado a dar e receber ovos de chocolate e o comércio é quem sai lucrando com isso. A história da morte de Jesus também traz certo constrangimento para a comunidade judaica, que sofre com o antisemitismo decorrente da péssima exposição do texto bíblico que insiste em acusar os judeus da época pela crucificação.

Já falamos sobre o assunto no tópico QUEM MATOU JESUS CRISTO, esteja a vontade para ler o artigo e tirar suas dúvidas.

Então vamos falar do jornalista Simcha Jacobovici que acredita ter descoberto a ponta física de uma história de detetive arqueológico no estilo de O Código Da Vinci.

A Floresta da Paz é um pequeno bosque de pinheiros imprensado entre o bairro de Abu Tor e Avenida principal, em Jerusalém. Qualquer um que passeie ao longo da estrada que serpenteia o bosque pode ver um cano verde saindo do chão e atingindo uma altura de vários metros.

E esse tubo é a única evidência da caverna descoberta por acaso quando a estrada estava sendo colocada em 1990, onde descobriu-se dois ossuários (vasos de pedra em que os ossos dos mortos foram colocados, segundo o costume, no final do período do Segundo Templo). Em um dos ossuários está inscrito o nome de Caifás (em hebraico Kayafa) e sobre o segundo filho de José de Caifás.

O nome de Caifás é raro para a época do Segundo Templo e de fato totalmente desconhecido entre os achados arqueológicos. Isto permitiu que os detetives fizessem mais escavações para afirmarem com confiança que o local é a sepultura da família de Caifás, o Sumo Sacerdote de Jerusalém no tempo de Jesus e um dos principais protagonistas do Novo Testamento.

Foi este Caifás que, após o julgamento levou Jesus para as autoridades romanas. Ele, junto com Judas Iscariotes, que se tornou o símbolo da traição.

Além dos ossuários, a caverna detinha outros tesouros: moedas, um frasco de perfume, uma lâmpada de óleo em uma panela de barro, e dois pregos enferrujados e curvados.


Estes pregos, Jacobovici afirma, são os pregos originais martelados nas mãos de Jesus Cristo quando ele foi crucificado.




Jacobovici também é conhecido por sua série de documentários, exibido no Canal 8 de Israel, provocativamente intitulado "O arqueólogo despido". Há oito anos, ele colaborou com James Cameron (diretor de "Titanic" e "Avatar") para produzir o filme "O Túmulo Perdido de Jesus Cristo".

O filme apresenta a afirmação controversa de que uma caverna sepulcral descoberto no bairro de Jerusalém de Armon Hanatziv há 30 anos é de fato o local de sepultamento original de Jesus e sua família.

Jacobovici afirma que Caifás tornou-se membro da religião judaico-cristã - aqueles que mantiveram a sua identidade judaica, enquanto acreditavam que Jesus era o Messias (mas não Deus). Ele afirma também que a evidência de mudança de Caifás pode ser encontrada em vários locais, incluindo os misteriosos símbolos que foram gravados sobre o ossuário.

Arqueólogos dissidentes afirmam que embora o ossuário seja elaborado no projeto, não é no estilo de um local de enterro típico para um sumo sacerdote. A escavação da caverna foi feita por dois arqueólogos seniores, o Dr. Zvi Greenhut, hoje um dos líderes na Autoridade de Antiguidades de Israel, e o Dr. Ronny Reich, agora o presidente do Conselho Arqueológico.

Os outros itens descobertos no túmulo foram armazenados em armazéns da Autoridade de Antiguidades de Israel, e os ossuários podem ser vistos no Museu de Israel.

Fonte: http://www.haaretz.com/news/national/are-these-the-nails-used-to-crucify-jesus-1.355509




Marion Vaz

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Tragédia no Rio de Janeiro

Ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, arquitetou um plano para assassinar várias crianças dentro das salas de aula por volta das oito horas da manhã na Zona Oeste do Rio de Janeiro.



Ao ser interceptado por policiais, levou um tiro na perna e depois cometeu suicídio. Um total de 11 crianças morreu e 18 ficaram feridas. As crianças feridas foram levadas para os hospitais Albert Schweitzer.

Emocionada, a presidente Dilma Rousseff prestou homenagem nesta quinta-feira às crianças mortas e chorou diante das câmeras quando os chamou de brasileirinhos.


Wellington Menezes de Oliveira ainda deixou uma carta, mas ela não traz o motivo para tal ato.



Na carta, descreve um ritual religioso para seu sepultamento, menciona um lençol deixado numa mochila na primeira sala que invadiu e fez várias vítimas.

O que me chamou atenção no relato foi a maneira como se referiu a oração pós-morte que gostaria que um religioso fizesse e ainda disse que queria a misericórdia de Deus para sua alma na ressurreição dos mortos na Vinda de Jesus Cristo.

Tais palavras indignaram a população carioca que deixaram seus recados nos sites da Yahoo o que provocou uma avalanche de críticas às religiões principalmente a religião cristão-evangélica. O que mostra o descontentamento das pessoas em relação à exposição pessoal da fé e a credibilidade da religião no Brasil.

O que também me chamou atenção foi que, apesar das críticas, a maioria das pessoas afirmava que Wellington deveria passar a eternidade no inferno. Observei que tanto as pessoas como esse homem (com base no que ele escreveu na carta) estão carentes de uma interpretação correta dos textos bíblicos. Essa falta de entendimento da Palavra de Deus causa um abismo espiritual que distancia o homem de Deus.

Não existe uma justificativa, seja ela pessoal, clínica ou espiritual para tal ato criminoso. Através do livre arbítrio é o homem que decide o que quer e onde fazer, é a sua mente (saudável ou criminosa) que arquiteta planos e os põe em prática! É notório que, por diversas vezes, alguns deles são feitos por pessoas que se dizem religiosas e suas atitudes escandalizam uma população cansada de tanta barbárie. Mas nem por isso, deveriam culpar a religião em si pelos males que assolam a humanidade.

O atirador de apenas 24 anos pode ter copiado esse ato criminoso de algum filme, documentário, de video games já que era esse tipo de jogos era sua diversão predileta. De repente foi a vida real que o inspirou. Mas também pode ter seguido exemplos de crimes que como este, foram cometidos nos EUA. A carta mostra (em parte) distúrbios (talvez por causa da morte da mãe, dos Bullying que sofreu no passado), também mostra uma mistura de crenças religiosas quanto à morte e ressurreição de fiéis e no final da carta mostra certa clareza no que diz respeito à crença na Segunda Vinda de Jesus e ressurreição dos mortos como descrito em 1 Tess 4.16-17.

No entanto, as atitudes dele foram premeditadas e cautelosamente executadas. Passo a passo seguidas como num ritual. Ele esperou a data comemorativa dos 40 anos de aniversário da escola, sabia que estavam recrutando ex-alunos para dar palestras e usou esse argumento para entrar na escola. Depois conversou com uma das professoras sobre o assunto e assim teve acesso as salas de aulas e atirou nas criança. Ele tinha plena consciência do que estava fazendo, não foi um surto psicótico.

Analisando a carta é óbvia a intenção de ser morto (pois ele deseja “despertar do sono na vinda de Jesus” e como suicida isso não seria possível). Provavelmente o desespero o levou a tirar a própria vida. O ritual religioso descrito para seu sepultamente e o lençol branco para enrolar o corpo é uma tentativa de purificação (pelo pecado de tirar a vida de inocentes). O local designado junto à sepultura da mãe e o fato dele também mencionar um caixão para guardar o seu corpo, simboliza um enterro com dignidade. Ele não queria ser considerado um monstro, mas uma vítima da sociedade. Mas ao contrário, seus atos não deixam dúvida de que foi tudo premeditado!

Ele ainda faz questão de que um religioso faça orações diárias em seu túmulo para ele alcançar a “luz”. Se por um lado quis mostrar debilidade mental, por outro, mostra claramente sua intenção de tirar a vida de crianças indefesas. Ele não atirou nos adultos, ele atirou nas crianças! E uma coisa é certa, ele poderia ter evitado toda essa tragédia, ele teve tempo de pensar, teve tempo para desistir, poderia ter voltado pra casa, sei lá! Mas não.

Assim, não tem perdão para tal ato criminoso, não tem desculpas, se quisesse vingar-se de alguém procurasse a pessoa (o que seria também um erro). Ele feriu dezenas de crianças não só de forma física como psicológica, desestruturou famílias e uma comunidade inteira só por causa de uma vingança pessoal! Ele realmente se tornou um monstro!

Resta pedir a Deus para consolar as famílias que perderam seus filhos e orar a Deus para que tal tragédia não aconteça mais. E que as autoridades competentes tomem providências para proteger a população.


Marion Vaz

Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/