sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Acesso às Áreas Restritas





Existem questões na vida espiritual que dependem da ação imediata do nosso D-us como salvação, libertação, perdão dos pecados, justificação e nenhum homem poderia alcançá-la por méritos próprios.
      
Mas existem questões espirituais que estão intimamente ligadas à pessoa que decidiu servir a D-us: oração, leitura bíblica, ofertar, obedecer, temor e comunhão. As questões que estão em sentido horizontal são do homem em relação a D-us e vice-versa e àquelas em sentindo vertical, estão relacionadas ao homem e ao seu próximo.
      
O amado leitor já deve ter visto esse aviso na porta de uma empresa, agências bancárias ou qualquer setor público: “área restrita”. Em alguns lugares só os funcionários podem passar por ali, em outros, só funcionários credenciados. Enfim, a entrada de qualquer outra pessoa é vetada, às vezes, até para evitar acidentes.
      
Espiritualmente falando, não pode haver áreas restritas em que o Senhor não possa atuar!  Ao lembrarmos de Sansão o “espírito vinha sobre ele” apenas em determinadas ocasiões, como aconteceu quando viu um filhote de leão e o despedaçou ou as raposas que ateou fogo, ou os filisteus que matou. Mas em relação a sua vida amorosa: “Área restrita” !

É óbvio que eu não estou falando daquelas particularidades que exigem confiabilidade em relação a outras pessoas. Não faça da sua vida "um livro aberto" e que todos podem opinar, interagir e tomar decisões. Saiba manter sua individualidade.
     
Mas você já pensou que ao perdoar ofensas estamos liberando o coração para que o Senhor possa reinar de forma absoluta e tenha acesso a todas as áreas da nossa vida?  Não? Então é hora de mudanças radicais!
 

Marion Vaz  
        

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Congresso dos Jovens da ADVEC


Beethoven in Beit Lechem




Concerto da Orquestra Nacional Palestina na Igreja da Natividade em Belém na semana passada mostrou que a música clássica está florescendo.

Mas a temporada de férias trouxe um aumento no turismo de Belém. Os turistas geralmente vêm de autocarro para uma visita rápida durante o dia, ao invés de ficar lá e desenvolver algum tipo de relação com a vida da cidade. Eles dão apenas uma olhada rápida nos locais sagrados, compram algumas lembranças e saem. Ainda assim, este tráfego injeta um pouco de vida em Belém e ajuda a seus moradores ganhar a vida.

Fonte:  http://www.haaretz.com/culture/arts-leisure/beethoven-reborn-1.404301

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Celebrações Natalinas


Escolhi essa data natalina para comentar sobre os efeitos da religião cristã na presente década.  Interessante como a comemoração do nascimento do menino Jesus se expandiu em muitas direções. Foram feitas comemorações em Igrejas, Comunidades cristãs e até em países que professam outra religião como a China. Lá, encontramos o famoso papai Noel distribuindo lembrancinhas para crianças até em hospitais. O “bom velhinho” presente nos shopping, lojas, supermercados e em tantos outros lugares quanto a nossa imaginação pode ir, encanta a todos com sua roupa vermelha, sua longa barba e suas renas.

O bom de tudo é que a história bíblica tem o seu espaço nos corações, na vida das pessoas e quem sabe também influencie a todos, como é o real propósito do Natal, a serem mais caridosos e atenciosos uns com os outros. Nada contra aquela quantidade de presentes que a propósito, fazem os donos das lojas ficarem mais ricos. Não. Nós não somos contra a presentear no Natal, mesmo porque foram os três magos que ao presentearem Jesus, iniciaram a tradição nessa data (há controvérsias).

Nessa última década também notei algo de especial no Natal, além da repercussão em todo mundo, a data também trouxe a memória regiões localizadas em Israel como a capital Jerusalém, a cidade de Nazaré e de Belém através da reportagem no Fantástico. Na telhinha da Globo também vimos o Show de Roberto Carlos em Jerusalém. Outras reportagens ao longo da semana, em diversos canais, mostraram histórias sobre Jesus e sobre Beit Lechem (Belém).  O que me deixou feliz, pois antigamente, raramente se ouvia falar de Israel com exceção dos conflitos bélicos naquela região. 

Hoje, Israel é visto com outros “olhos” em virtude de sua expansão tecnológica e política. Hoje é comum vermos novelas ou filmes que apresentam personagens judeus com seus kipas e objetos relacionados à cultura judaica como Menorah, danças e musicas incluídas nos roteiros e apresentados ao público de forma natural e informativa. A festa judaica de Chanuká comemorada também nessa data foi anunciada e prestigiada por diversos canais de televisão, jornais e na Internet. Isso é bom para Israel, pois mostra que a globalização tem seus efeitos positivos também.

Mas o Natal nosso de cada ano, também passou a ser uma data em que as pessoas fazem amigos, perdoam, se abraçam, brincam, famílias se unem, trocam presentes e se reunem em volta de uma bela e enfeitada mesa para saborearem as mais apetitosas comidas. Nessa data, mesmo que a comemoração seja feita num lar mais humilde, não deixa de ter algo apropriado que lembre que é Natal – Dia do Nascimento do menino Jesus. Também há abraços e troca de presentes.

Enfim, essa data foi um marco que, segundo a religião cristã, deu início (eu prefiro continuidade) ao plano de salvação da humanidade. Jesus nasceu em Belém de Judá, num lugar humilde – uma estrebaria e foi posto numa manjedoura e uma estrela anunciou o seu nascimento, os pastores no campo ouviram de um anjo que deveriam seguir até ali e reverenciar o recém nascido como “o Salvador que é Cristo, o Senhor” (L c 2.11). Os três magos que viajaram do Oriente a Jerusalém também seguiam a estrela e acharam o menino (já com cerca de dois a três anos) e o presentearam. Essa história registrada nos Evangelhos mostra também parte da vida social e política do povo judeu naquela época.

Interessante, que apesar de ser um evento tipicamente do Cristianismo, encontramos muitas outras pessoas que professam religião diferente aderindo ao “espírito do natal” e seus adornos. O que nos faz lembrar as próprias palavras de Jesus, já adulto, ensinando aos seus discípulos:  “...se vos amardes uns aos outros” (Jo 13.35). 

Mas foi numa apresentação de Natal ontem, que percebi que todos esses anos as atividades em torno dessa data se repetem e mecanicamente as pessoas se preparam para a ceia de natal, compram e recebem presentes, se reunem, bebem e comem e sorriem uns para outros, independente do amanhã. Presenteamos a todos que conhecemos, mas o que damos para o “menino envolto em panos”? Os magos trouxeram ouro, incenso e mirra! O que você acha que ele deseja agora? Alguns diriam: o meu coração! Outros: sinceridade, amor, fé, etc. Outros ficariam pensando, pensando até achar a resposta. Ao epílogo da apresentação Jesus só queria um pouco mais de atenção nesse Natal, só queria conversar com aqueles que se dizem seus amigos, seus discípulos...

Pense que o Natal é também uma época em que o amor se expande e assume sua real grandeza. Porque independente das divergências, sejam sociais, religiosas ou culturais, as pessoas se unem em todo mundo em função das celebrações. Mas pense que o “menino” da manjedoura cresceu, tornou-se um homem com caráter forte e trouxe uma mensagem de igualdade, fé e amor. Ele ofereceu-se como sacrifício agradável a D-us para salvar a humanidade, para salvar o homem de seus pecados e trazê-lo de volta a comunhão com o Todo Poderoso. 

Então, nesses últimos dias de 2011 celebre! Contagie a todos com muito amor, paz e atitudes que possam mudar seus próprios sentimentos, ou o destino, ou os sentimentos de alguém. Celebre! Cante! Dance! E deixe que o amor de D-us inunde os corações! Boas Festas!

Marion Vaz

domingo, 11 de dezembro de 2011

Dia da Bíblia



 
“Como purificará o mancebo
o seu caminho? 
Observando-o conforme a tua palavra”

     Salmos 119.9



Quando eu li este verso do salmo 119, fiquei pensando em como aplicar as palavras do salmista em minha vida? Pensei que nesta caminhada o crente precisa dar alguns passos importantes.

O primeiro passo seria uma atitude real e urgente do próprio crente em relação ao Senhor: Deus teria que estar entronizado em seu coração. Quando o salmista diz: “o Senhor é o meu pastor...” isto quer dizer que ele era ovelha! E ter um senhor implica em ter alguém no comando, na direção dos passos e das atitudes. Lembre-se: as ovelhas precisam de um condutor. É Ele quem guia às águas tranqüilas.
                   
O segundo passo seria observar. Não no sentido de apenas olhar, mas de guardar, encucar os preceitos de Deus no coração. Diz o salmista que a palavra é como lâmpada acesa para iluminar os pés e o caminho do servo de Deus (Salmos 119.105). Observe a recomendação do Senhor a Josué para que meditasse nas leis de Deus dia e noite.
                  
A Palavra além de iluminar, ela vivifica, guia, transforma, regenera. Como purificará o jovem o seu caminho? Indaga o salmista e logo após dá a resposta: observar, seguir o que diz as Escrituras sagradas. Não há manual mais completo e eficaz.
                   
O terceiro passo é desprezar, abandonar, drible os convites do mundo. Numa partida de futebol, por exemplo, o jogador tem que driblar seus adversários para chegar ao gol.

Na vida espiritual, é notório que há uma constante peleja do inimigo para broquear os jovens e também os demais crentes, para desviá-los de seus objetivos.  Ele luta de várias maneiras, em alguns para bloquear o entendimento, outros consegue cauterizar as mentes, e alguns ele leva a pessoa ao pecado. Por isto procuramos instar os crentes a manter um caminho de retidão.
                
É preciso manter uma atitude íntegra a qualquer custo, tomando como exemplo os heróis da fé, “os quais pela fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam as bocas dos leões, apagaram a força do fogo, escaparam ao fio da espada, da fraqueza tiraram forças, na batalha se esforçaram, puseram em fugida os exércitos estranhos...”

“... e outros experimentaram escárnio e açoites e até cadeias e prisões. Foram apedrejados, serrados, tentados, mortos a fio da espada...” (Hebreus 11.33-38). E estes, tudo isto padeceram por amor ao Evangelho de Jesus.


Texto extraído do livro Razões de uma Caminhada de Marion Vaz

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

O que seria um Jesus Zumbi?



A divulgação de imagens, opiniões, artigos, sites ou qualquer outro tipo de informações pela Internet, tem seu lado bom e suas discrepâncias. Ao navegar, o internauta fica surpreso com a quantidade de pensamentos informatizados que trafega diariamente, mas também tem que se preparar psicologicamente para encarar as mais variadas e indescritíveis ideologias. 


Ao me deparar com uma determinada comunidade no Orkut, resolvi pesquisar sobre o assunto e o que encontrei assume, no melhor dos casos, total falta de reverência a religião dos outros. Não que isso venha a afetar a crença de alguém que tem sua fé alicerçada em D-us e em seu filho Jesus Cristo. 








E talvez esse não seja o objetivo do autor da site/blog, mas, você vai concordar comigo que esse “Jesus Zumbi” é no mínimo muito estranho. (Sem ofensas!)

"As imagens de Jesus como um morto-vivo que, ao invés de curar enfermidades, faz brotá-las nas pessoas, e outras aberrações mostram um Jesus zumbi que mata as pessoas de maneira bíblica: botando coroa de espinhos, transformando água em sangue, multiplicando peixes, dando lepra. A história também envolve um pastor televisivo e um carpinteiro [também com traços do Senhor] que vai combater o Jesus do mal."


 
A pior delas (na minha opinião) é a imagem de Jesus deitado numa espécie de manjedoura, sendo que seus pais, José e Maria, ao invés de adorá-lo, estão praticamente comendo partes do corpo do filho. 



Certo apresentador de televisão ficou muito irritado ao ver uma determinada  propaganda que se utilizou da pintura da “última ceia” e ao invés de apresentar Jesus e seus discípulos, mostrou várias mulheres em trajes de banho. Isso porque ele não viu a imagem abaixo que representa o versículo bíblico “...Tomai, comei, isto é o meu corpo que é partido por vós..." (1 Co 11.24).




A ideia se espalha e “aprisiona” adeptos em suas tatuagens. Existem objetos a venda que expressam a nova ideologia e até uma página no Twitter.






Abusando da liberdade de expressão desse veículo de comunicação, também queria deixar registrada a minha crítica e o meu descontentamento com o desrespeito a Palavra de Deus. Mesmo porque, o livre-arbítrio que o próprio D-us deu ao homem, não representa uma liberdade isenta de consequências, mas um meio de sermos e podermos representá-Lo aqui na terra.

“Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude e se há algum louvor, nisto pensai”.
Filipenses 4.8


Marion Vaz

Fonte: http://desmorto.com/o-nascimento-do-jesus-zumbi/
          www.google.com/



quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Um homem cansado


Uma viagem através daquela região que separava a Judeia da Galileia não era de fato confortante, mesmo para um viajante de trinta anos de idade. Quando observamos Jesus sentado próximo a um poço, perto da cidade de Sicar, entendemos que ele não estava apenas faminto, visto que seus discípulos tinham ido comprar comida, mas também podemos afirmar que estivesse muito cansado.

Samaria - uma cidade fundada por Onri ficava num monte comprado por dois talentos de prata (1 Rs 16.24). Era habitada por uma mistura de gentes desde que as Tribos do Norte foram levadas ao cativeiro (2 Rs 17.24). Esses colonizadores mantiveram a crença em seus deuses e costumes diferentes dos judeus. Segundo os registros bíblicos houve diversas mortes até que o rei da Assíria autorizou a ida de sacerdotes para que ensinassem o povo a adorar a Deus e assim aplacar a ira do Senhor (vs 27). No entanto, o povo cultivava também a adoração aos seus próprios deuses, imagens de escultura (vs 40- 41).

Na época de Neemias, sacerdotes de Jerusalém chegaram a Samaria e  foram bem recebidos. Na época de Jesus, a cidade mantinha uma independência financeira e religiosa. Interpretavam a vontade de Deus, adorando-o no seu próprio templo e ensinando seus costumes às gerações futuras. A rivalidade entre judeus e samaritanos prevalecia e o desprezo por parte dos judeus chegava ao ponto deles “não se comunicarem com os samaritanos”, ou seja, não havia comunhão entre os dois povos.

O próprio Jesus em um de seus discursos recomendou aos seus discípulos que não entrassem nas cidades dos samaritanos (Mt 10.5), mas que buscassem primeiro as ovelhas perdidas da casa de Israel. Certamente isso evitaria contendas sobre religiões. Mas daquela vez, “era-lhe necessário passar por Samaria” (Jo 4.4).

Essa necessidade pode ser interpretada de duas maneiras: do ponto de vista espiritual ou territorial. Jesus sabia que encontraria ali, uma alma sedenta. Por outro lado, o caminho mais curto para a Galiléia passava pela província de Samaria, embora muitos judeus preferissem usar outra via de acesso, atravessando o Jordão.

Eu quero chamar sua atenção para uma das “chaves” do evangelismo que Jesus nos apresenta: é tão importante falar a uma multidão, quanto falar a uma pessoa somente. Em muitos casos, essa segunda opção podia produzir tanto ou maior resultado, dependendo apenas da receptividade do ouvinte.

Lá estava Jesus, sentado junto ao poço aguardando à chegada da mulher samaritana. O episódio registrado por João dá-se por volta da hora sexta. Um homem cansado, com sede, inicia uma conversa pedindo um pouco de água.

Quantas vezes fugimos de nossa responsabilidade e perdemos oportunidades preciosas com a desculpa de estarmos demasiadamente cansados? Quem ainda não vivenciou uma situação como esta: estamos voltando do trabalho, visivelmente cansado. Entramos numa condução, escolhemos um lugar junto à janela e simplesmente fechamos os olhos durante toda viagem! Interessante não é? Às vezes nem nos damos conta de quem ou quantas pessoas sentaram ao nosso lado durante o trajeto.

E no supermercado? Alguém já se imaginou falando de Jesus naquela imensa fila do caixa depois de transitar com aquele carrinho pelos corredores lotado de gente? Estamos preocupados se a lista de compras está completa. E naquele tumulto na hora do embarque da barca? Impossível! Depois de um dia inteiro de trabalho? Não! Definitivamente eu realmente estou muito cansado!

Eu poderia citar muitos outros exemplos que ocupam o nosso dia a dia e com certeza o amado leitor se incluiria em algum deles. O certo é que o cansaço tem dominado a vida de muita gente. Ele é culpado pelo nosso mau desempenho nas tarefas da igreja, ele impede que alguém vá ao evangelismo numa tarde de domingo. Alguns crentes já chegam tão cansados aos cultos que não se dispõe a dar glória a Deus.          

Imagine caminhar quilômetros por um território atravessando montanhas, vales, contornando esse ou aquele monte? Passando por cidades e vilarejos ou longas distâncias despovoadas, sob sol quente, apenas para conversar uma pessoa? Agora pare um pouco e pense nas facilidades do século vinte e um? Você ainda está cansado?

Então se prepare para uma abordagem diferente. Neste texto bíblico Jesus nos mostra com seu exemplo, a urgência de se falar a respeito do reino de Deus e da salvação aos pecadores.

Imagine que a longa caminhada de Jesus tenha chegado ao fim. Os pés empoeirados, a garganta seca, fome... Finalmente ele pode parar um pouco e descansar assentado numa pedra junto a um poço. De imediato ele manda os discípulos a cidade comprar comida e ele fica só. Talvez quisesse realmente ficar sozinho, afinal, como falam aqueles discípulos! Talvez ele quisesse um tempo a sós com o Pai! De repente, surge uma mulher, ele não podia perder aquela oportunidade e colocar a culpa no cansaço.


Marion Vaz

Texto extraído do livro Párabola do Semeador de Marion Vaz