quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Perdendo a fé na humanidade

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O problema causado pela Empresa que fornece energia elétrica no RJ que mencionei no post anterior me fez repensar na maneira como encaramos determinados abusos de poder. Não tenho uma estimativa sobre quantas pessoas passam pelo mesmo problema, mas sei que são muitas, talvez centenas. E são milhares de consumidores que, para evitar todo esse estresse, acabam pagando uma conta de luz fora do padrão de consumo. 

Perdi a fé na humanidade. Como disse antes, às vezes, a gente sente dificuldade de encarar o óbvio. Que existe mesmo esse processo em andamento em todos os Sistemas, Ministérios, Governos, políticos e até no bar da esquina em que todo mundo quer lucrar de qualquer jeito.

Enfim, nos primeiro meses fiquei paranoica. Vivia literalmente no escuro, com medo de acender uma lâmpada para a conta não vir tão alta e acabei envolvendo minha família naquela loucura. Ficava monitorando o medidor digital de energia elétrica o tempo todo e tirando fotos para comprovar que havia algum problema. Ouvi risadas e deboches sobre o meu comportamento. Me senti um lixo! Acho que isso durou uns dois meses. Dois meses de escuridão até vir a próxima conta com valor alto e ter sido tratada com descaso pelos atendentes da Light. Achava mesmo que até o meu advogado não acreditava que eu era inocente. Ás vezes, chorava sozinha. Entristecida por ter que passar por tudo isso e sem poder resolver nada.

Quando vejo alguém com uniforme dessa Empresa, penso logo que o tal sujeito está prejudicando alguém. É automático. Não posso controlar. Agora eu desconfio de tudo e de todos. Não acreditava em político ou agente policial, mas agora é congênito. Respeito, mas não confio. Porque à medida que o tempo vai passando e você percebe que existe uma falcatrua por trás do Sistema, fica difícil encarar a realidade, ter esperanças, desejar alcançar uma vitória. Entreguei tudo nas mãos de Deus pra Ele fazer justiça. Nele eu acredito.

O que essas pessoas não percebem, é que em troca de favoritismo, grana fácil, serviço mal feito, eles não estragaram só a vida deles, mas estão alterando a vida dos outros. Porque eu estou com uma dívida de mais de R$ 21.000,00 de um consumo de energia elétrica que eu não fiz. Depois de uma vida difícil para criar e alimentar três filhas, passar uma série de problemas, passar fome em muitas ocasiões, morar em uma residência modesta, ser escolhida no "Uni-duni-tê" para ser ludibriada. Porque é assim que eu penso e assim que eu me sinto. Imagino que como não sou a única com esse tipo de problema, quantas pessoas deixam até de beneficiar suas famílias e filhos só para pagar esse aumento atípico. É muita falta de consciência, de amor ao próximo, falta de caráter mesmo porque sabe que a graninha extra é fruto do engano, do erro, da injustiça, da roubalheira. Pronto falei!

Então, a gente recorre as instituições com provas sobre o problema num equipamento da Empresa e é literalmente, tida como culpada, ignorada, tratada com descaso e até desrespeito. O pior é que não mandaram ninguém averiguar o problema porque eles acham que um número de protocolo resolve tudo. Esse tipo de funcionalismo me dá arrepios. Só sei que de uns tempos pra cá fiquei mais seletiva, menos pessoal até com os parentes e amigos. Parei de dar satisfação. 

Que Deus me julgue e me abençoe e que castigue todos aqueles envolvidos no erro já que fazem isso conscientemente.


Marion Vaz


Atualização: Meu processo foi a julgamento e muito contrariado o advogado da empresa em questão saiu perdendo e a juíza me deu ganho de causa. outubro/2018 




Revoltz com minha conta de luz - A Saga

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Todo mundo precisa de energia elétrica! Aqui no Rio de Janeiro esse serviço é prestado pela Empresa Light (Tive que aprender a escrever esse nome kkkk). Sem energia corremos o risco de voltar a Idade da Pedra. O uso constante do produto em determinados horários acaba causando aquele pico de energia e em virtude disso foi criado o bendito horário de verão, que nem todo mundo gosta. A empresa Light fornece a energia e todo final do mês manda a conta do serviço prestado. Até aí nada de informação relevante porque todo mundo sabe disso.

Aconteceu neste início do ano de 2017 e, falando sério, relutei para postar o que vem acontecendo. Meu consumo mensal tem em média menos de 100 kWh o que dá um faturamento de R$ 100,00 que eu pagava todo mês. Ao contrário de muitos procuro manter as luzes apagadas em cômodos que não estou usando, porta da geladeira fechada, instalação elétrica com revisão periódica e uma série de outros hábitos saudáveis que me nomeavam uma consumidora padrão.

Mas em Fev/2017 levei um baita susto com a conta de luz. Quase R$ 500,00 reais de luz? Era feriado de Carnaval e só o que podia fazer era esperar para entrar em contato com a Empresa. Março chegou e fui até o setor administrativo de Madureira para falar sobre o assunto. Inocentemente achava que a Empresa iria encontrar o problema e me ajudar. Imaginei que havia um "serviço" específico  em que o relógio de luz podia sofrer uma sobrecarga - Não sei como - que era direcionado para o relógio e consequentemente para a conta do consumidor. Claro que eu não posso provar. Mas é um raciocínio lógico! Dá uma olhada na fiação desse poste de luz que manda energia pra minha casa! Isso não merece uma vistoria? A Light acha que não... Outras imagens aqui.


Se o consumidor paga a conta com "aumento atípico" (expressão usada pela ANEEL em seu e-mail para me dizer que não podia fazer nada apesar de apresentar uma conta alta do tipo R$ 1.200,00) pode ser que o problema desapareça. Mas se, uma pessoa como eu, que não tem condições de pagar uma conta de R$ 3.769,96 (Mês de ref. agosto/2017), mesmo porque eu não tenho status para tal consumo, a coisa vira uma bola de neve.

Em resumo, depois de apresentar todas as provas e imagens de dias alternados do relógio digital com alterações constantes de medição no tal setor administrativo, minha reclamação foi considerada inconsistente. Voltei a segunda vez e o atendente me tratou com descaso. Fiquei chateada mas comecei a raciocinar sobre aquele tipo de pseudo atendimento. Fui orientada a buscar apoio na Auditoria da Light. Outro setor fantasma porque todos os e-mail eram respondidos com. "Caro cliente blá blá blá seu número de protocolo é 123456789". Foram tantos número de protocolos que me perdi. Confesso. Porque se reclamasse de novo tinha que informar o tal número, mas qual deles? No final de tudo, o tempo passou e as contas de luz começaram a se acumular. Até que... "Sua reclamação é inconsistente. Agradecemos por ter nos contactado. Procure a ANEEL caso não esteja satisfeita"  - Mais ou menos isso!

Com o número de protocolo da conta de R$ 1.200,00 reais, que jamais seria para uma casa modesta, enviei e-mail para a ANEEL confiando que alguém iria ler as informações num documento em PDF. Após alguns dias de espera recebi a notificação do órgão declarado mais confiável nestas circunstancia que, após eles entrarem em contato com a Light sobre o assunto em pauta, e apesar do aumento atípico minha reclamação não era coerente. Ponto final do atendimento.

Você só pode ter acesso se passar por um novo de processo de atendimento do administrativo/Ouvidoria e número de protocolo diferente. Hum... Interessante!

Então o jeito era entrar com uma ação judicial. Afinal eu não iria pagar por um consumo de energia que não havia feito e já estava na terceira conta altíssima. A primeira audiência foi um fiasco. O advogado da Light estava completamente à vontade como se fizesse aquilo o tempo todo. Não houve acordo e eu fiquei chateada de como tudo aconteceu. Às vezes, a gente fica relutante em aceitar o óbvio. Eu me senti uma peça de um jogo de xadrez. Um prédio lindo, imenso, gastando o dinheiro do contribuinte para audiências que não dão absolutamente em NADA - Não disse nada, só pensei.

Com as contas em atraso e como se não houvesse um processo, o fornecimento de luz foi cortado e meu nome foi para o SPC. Por um período de 30 dias usei o relógio de outra pessoa monitorando para saber se tinha algum problema mesmo respectivo a instalação na minha residência, já que esse era o jargão usado o tempo todo. Os atendentes locais e virtuais ficam pressionando o consumidor com essa ideia de que o problema está dentro da casa, para que a gente pague o valor cobrado indevidamente. 

Neste período em que a luz foi cortada a Light fez o registro do uso de energia no marcador e me enviou uma conta de R$ 1.600,00 reais. Avisou que o valor seria cobrado em duas vezes nas contas seguintes. Simplesmente assim, desse jeito e o fizeram sem que o consumidor tivesse a chance de processar o que estava acontecendo. Posteriormente a Light avisou ao meu advogado por e-mail que o religamento havia sido feito no dia X, confirmando que a luz estava cortada nesse período de 30 dias. Mesmo assim, sem usar o relógio, foi acrescentado mais um valor alto ao meu nome e CPF. 

O juiz determinou uma multa para cada dia de atraso no religamento do fornecimento de energia, já que havia um processo em andamento e eles agiram arbitrariamente. Esse um mês de multa foi ignorado. Não consigo entender porque uma ordem judicial foi desprezada já que o religamento devia ter sido feito em 24 horas. Um civil pode ser preso por desacato por muito menos.  

Com o processo em andamento, o relógio digital completamente apagado há meses (o que não me permite o monitoramento, então eles podem colocar o consumo que quiserem) e nenhuma vistoria da Light no local de consumo até o momento, que por sinal  se tivesse sido feita desde a primeira reclamação, teriam detectado o problema trocado o relógio com defeito e trocado a fiação no poste de luz, e se fosse "gato" de alguém teriam detectado e evitado todo esse estresse e tormento que vem me causando. Ou eles acham que sou eu que tenho que perguntar: Vizinho, por um acaso você fez gato na minha luz? - Apesar que eu não acredito nisso, porque os meus vizinhos estão no meu Facebook e sabem que tenho postado sobre o assunto.

Segundo informação no Site da Light uma vistoria na unidade consumidora de um monofásico, que é o meu caso seria de apenas R$ 6,49. Sem comentários!

Agora, se o meu consumo fosse realmente de R$ 1.200,00 e do nada passasse para R$ 100,00 com certeza alguém do "Sistema" já teria detectado e enviado um funcionário para averiguar. Enfim, com o ano de 2017 chegando ao fim e nenhuma pretensão de solução para o problema a minha conta de luz de dezembro chegou no valor de R$ 4.000,00. Lembrem-se eu moro numa casa padrão, ou seja, quarto, sala, cozinha e banheiro, varanda e um terraço com uma lâmpada em uso. Nada além disso.

Então resolvi expor o assunto aqui no blog. Sei que poucas pessoas vão se interessar em ler tudo, mas fica aqui registrada a minha indignação por ter sido tratada com tanto descaso pela Empresa fornecedora de energia elétrica do Rio de Janeiro. Com certeza a maioria dos problemas foram causados por funcionários e suas "aptidões" e que a Empresa em si é só um prédio. Mas os Sistemas Administrativo/operacional não estão funcionando como belamente exposto no Site e quem sofre é o consumidor, no caso, eu!

Agora fico aqui aguardando que em 2018 haja alguma solução. Quem sabe se mudarem de donos, de advogados, de funcionários, alguém mais justo possa resolver e descobrir onde está esse curto-circuito maldito que vem causando esse aumento abusivo todo mês na minha conta de luz? Porque eu duvido que alguém em sã consciência acredite mesmo que eu gaste R$ 4.000,00 de luz numa casa tão pequena. Lembrando que o meu consumo mensal de energia elétrica antes dessa bagunça era em média de apenas R$ 100,00.

Eu penso que esse tipo de "Unidunitê" nem deveria existir, mas já que é assim, podiam pelo menos verificar quem é o dono do relógio e como essa pessoa mora. Afinal, o que devia ser "invisível" passou a ser tão claro quanto a luz do dia. Pelo menos pra mim.

Marion Vaz

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Natal - Noite de Paz e Harmonia

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Mais um fim de ano chegando e é claro aquele suspense no ar: O que eu vou ganhar de presente de Natal? Perfeito. Toda criança já fez uma lista sem fim daqueles presentes que supostamente papai Noel vai trazer. Minha netinha de três anos já escolheu os seus também. Interessante que, apesar do que tenha acontecido durante o ano todo, a gente fica naquela expectativa de que no Natal ou na virada do Ano Novo vai acontecer algo de especial. E não tem nada de errado nisso, a data comemorativa do nascimento de Jesus nos condiciona a pensar em coisas boas, desejar o bem e a paz em cada vida e cada lar.

Independente das crenças dezembro parece que atrai felicidade. É aquela correria para limpar e arrumar cada cantinho da casa , ir as compras, enfeitar a árvore de Natal e torcer para que o bom velhinho entre pela chaminé e deposite os presentes ao pé das luzes coloridas.

Sites e blog com seus contos natalinos, lojas e shoppings lindamente enfeitados. A Google e o Facebook não ficam de fora. E desde o início do mês, por exemplo já começou o festival de filmes e desenhos com o tema. Só na Netflix já assisti uns quatro filmes sobre o Natal. E no desenrolar da história um deles me chamou bastante atenção. O Tio Noel fala da história de Fred, o irmão do papai noel que vivia encrencado. A fim de ganhar alguns dólares foi ao Polo Norte até a fábrica do Noel para ajudar o irmão. Além de mostrar os preparativos, os duendes correndo de um lado para o outro, aplicados em terminar os presentes das crianças, o filme faz referência ao dilema familiar de que "quem vive à sombra de uma árvore grande" como era o caso de Fred.

Em resumo, para se redimir de um erro, o tio Noel tem que entregar os presentes das crianças em uma única noite para salvar a fábrica que iria fechar por causa de um vilão e trazer felicidade aos rostinhos infantis. Nesse corre-corre ao redor do mundo ele entra pelas chaminés, coloca os presentes e come as guloseimas que são deixadas a parte só pra ele. Uma tradição que não podia ser quebrada.

É véspera de natal, aquela data em todo mundo perdoa as ofensas, dá presente, faz mil promessas para o ano seguinte - Uma data que tradicionalmente uni todas  as pessoas do mundo num só propósito - O nascimento do Salvador... Ops! Tio Noel entra na casa de uma família judaica e só se dá conta disso quando vê todos sentados à mesa num jantar de Shabbat ou Chanuká. Os homens de kipá e mulheres com roupas lindas.

Tio Noel fica parado por alguns segundos como se estivesse pensando: O que eu estou fazendo aqui? Ele sorri e diz: Mazal Tov - Uma expressão usada para datas festivas de casamento, nascimento, aniversário. Mazal Tov. Repete. O dono da casa também sorri e oferece algo que está na mesa. Tio Noel aceita e come com satisfação. Experimenta outros doces como se já tivesse comido antes e dizendo o quanto são gostosos e sai de fininho sem deixar os presentes e falando alto shalom, shalom.

Esse parênteses que o roteirista abriu no desenrolar da história me fez sorrir também. Não seria esse mesmo o propósito  não só do natal, mas de todos os meses no ano? O respeito as diferenças, as crenças, as tradições do próximo? 

Alguém que mora em Israel postou uma foto no Facebook em que uma pessoa caracterizada de papai noel com sua barba branca e roupa vermelha estava em pé diante do Muro Ocidental orando a Deus. O comentário foi: "Todo mundo é bem-vindo a orar aqui". Ninguém se sentiu agredido ou ofendido. Nem mesmo os judeus que estavam ali também concentrados em salmodiar e adorar a Deus. Jerusalém - Cidade da Paz! O nome da Capital de Israel é também um convite a todos os povos que desejam harmonia e paz em seus corações.

Que neste Natal, nesta data festiva possamos nos unir uns com outros e celebrar não só o nascimento do menino Jesus em Beit LeChem (Belém de Judá), mas também a esperança de uma vida repleta de amor, paz e serenidade, uma vida de comprometimento com a paz verdadeira. E que sejamos gratos a Deus. Aí sim posso te desejar: Feliz Natal e Próspero Ano Novo. Aí sim te desejo: Shalom!

Marion Vaz



quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

A Bíblia e sua relevância

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Interessante essas datas comemorativas que insistem em fazer parte do nosso dia a dia. O calendário está repleto delas para nos lembrar de fatos importantes. Cada data vem acompanhada de história, personalidades e vitórias de pessoas que lutaram por um ideal. Infelizmente, no Brasil, e particularmente no Rio de Janeiro onde moro ainda não fomos educados para compreender o valor e o significado delas e assim muitos desses dias passam literalmente em "branco".

Aconteceu de novo em uma reunião religiosa, como no ano passado em que nem sequer foi mencionado que naquele domingo era o Dia da Bíblia. Não sei por causa e efeito da liturgia do culto que foi implantada nesse modelo de igreja evangélica ou se foi esquecimento mesmo. O fato é que em dois anos consecutivos o dia da Bíblia foi ignorado. Esse lado negativo de uma liturgia moderna em que se dá mais ênfase a comunicados, ofertas e obras inacabadas me incomoda. Não consigo me sentir à vontade numa reunião em que o culto devocional é direcionado a conscientizar os crentes de que "dar é melhor do que receber".

Claro que essa data foi comemorada em muitas igrejas com cânticos, peças teatrais, brincadeiras para as crianças, palavra de incentivo a leitura bíblica e orações.

Isso porque a Bíblia é o alimento diário e eficaz que sustenta a nossa vida espiritual. É através da leitura e do estudo da Palavra de Deus que nos fortalecemos para enfrentar os problemas da vida e para ter mais comunhão com Deus.

Dedicar um dia do ano para tal comemoração não tem nada de errado ou "não espiritual" como alguns pensam. Além do mais, as datas que marcam o calendário são importantes em seus diversos padrões. É inegável que todos nós tenhamos em mente que a Bíblia é muito mais do que uma coleção de histórias e fatos do passado. Ela é a única fonte de nutrição espiritual em que os ensinamentos abrangem todas as áreas da nossa vida, seja física, emocional, educacional, financeira. 

A Bíblia é e contém a Palavra de Deus, as ordenanças do Eterno, as experiências do povo de Israel em sua caminhada, a vida e ministério de Jesus e seus mandamentos para a Igreja do Senhor. Não existe um só texto no livro sagrado que você não possa observar um ensinamento para o seu crescimento espiritual. E mesmo assim, muitas pessoas passam a semana inteira sem sequer tocar nele.

Nossa concepção de religiosidade tem mudado bastante nos últimos anos. Em alguns pontos o fator é até positivo, mas considerando a desatenção que damos a Bíblia em função da aglomeração de pessoas em cultos devocionais em que só a musicalidade envolve e diverte a todos me assusta. 

Sem um envolvimento com a Palavra de Deus muitas dos nossos sentimentos, ações e realizações ficam comprometidos independente dos nossos esforços. O Dia da Bíblia não só nos lembra  da importância do texto sagrado como também desperta para a relevância dos Preceitos do Senhor.

Na cultura judaica a festa de Simchat Tora é realizada com muita alegria em todos as cidades de Israel e Comunidades judaicas por todo o mundo. Isso porque o término da leitura dos livros da Tora é tido como uma vitória. Há manifestações nas ruas com danças e cânticos e muitos rabinos levam a Torá em seus ombros e dão glórias a Deus. O Muro das Lamentações em Jerusalém fica repleto de religiosos que dançam e cantam, além de fazer suas orações diárias. Percebe-se não só o valor que se dá ao texto sagrado e as ordenanças de Deus como também se estabelece o grau de gratidão e temor ao Eterno.

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Precisamos voltar as nossas raízes e redescobrir a Bíblia como fonte inesgotável de bênçãos e valores. Precisamos educar nossas crianças nos preceitos do Senhor, mentoriar jovens e adolescentes para perpetuarem uma tradição de leitura bíblica devocional diário.

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Muitos de nossos problemas são consequências do abandono da Palavra de Deus. Chegamos ao ponto de que ministros e líderes eclesiásticos que seguem carreiras políticas serem absurdamente corruptos e mau caráter! Que a contextualização de textos e fatos que usam em seus discursos são da mesma Bíblia que condena sua postura. E o fazem sem qualquer intimidação. Todo dia uma notícia de corrupção e roubo que envolve nossos políticos com o aval de outros.

Leia a Bíblia diariamente, crie um local e uma oportunidade para se envolver mais no estudo da Palavra de Deus. Existe uma variedade de devocionais à disposição de todos através dos livros e da Internet, mapas, sites e blogs com material digno de atenção e créditos. Não temos justificativa para sermos ignorantes em relação aos textos sagrados. 

O Dia da Bíblia nos adverte que Deus deu uma revelação da Sua vontade, que nos deu Mandamentos para cumprir no dia a dia, nos relacionamentos familiares e para com o próximo. É mais que uma data especial, é um dia de conscientização do que realmente estamos fazendo e quanto estamos dispostos a fazer para agradar a Deus e cumprir suas ordenanças.

Marion Vaz 


terça-feira, 28 de novembro de 2017

Superar a si mesmo

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Superar uma fase ruim nem sempre é fácil, depende muito da própria pessoa, da sua autoestima, da ajuda externa, da gravidade do problema e também da vontade que existe dentro de cada um de nós. É muito fácil criticar alguém que, não vendo saída para algum problema ou doença, fica lá sentado no sofá ou deitado numa cama, esperando o tempo passar.

E também é muito comum que, à medida que o tempo passa, a pessoa fique irritada, desconfortável com aquela situação, desmotivada e completamente alheia até mesmo a alguma atitude de bondade que outros possam ter por vê-la naquela situação. Para alguns é, talvez, até uma humilhação depender de alguém para as tarefas mais básicas da vida. Talvez, toda irritação e mau humor acarretem mais problemas do que a doença em si. Acontece.

Se você já passou por algo parecido sabe que nem sempre é fácil ficar ouvindo palavras de ânimo ou experiências de A ou B que nos momentos mais difíceis, tiraram forças do nada e venceram suas dificuldades. Sabe aquele blá blá blá sem fim? Pois é. Ainda mais se você não pediu e não quer receber visitas. É uma droga mesmo!

Mas o problema todo se agrava quando a pessoa mal-humorada passa a querer ser o centro das atenções, a achar que todo mundo tem que ter paciência porque ela tá "assim ou assado" como diz a gíria. Que toda a sua falta de educação tem que ser ignorada e que ela, "coitadinha" não tá naquela situação porque quer... 

Acidentes acontecem... Quem está livre das agruras da vida? Quem pode evitar as adversidades? Ninguém! Concordo! 

Mas, pode ser que os efeitos colaterais de uma reação em cadeia não tenham chegado ao fim... O nosso maior erro é achar que "amanhã tudo vai melhorar" independente do que fazemos hoje. e assim, no decorrer da vida trocamos afagos com uns e ignoramos outros. Somos otimistas em alguns assuntos e praticamente desprezamos outros. Até que...

"Não fará justiça o Juiz de toda a Terra?" Indagou Abraão ao interceder a Deus pelos justos que ele julgava ter em Sodoma e Gomorra. Parei para pensar sobre isso hoje. Nessa quantidade de expectativa que a gente coloca em Deus e no próximo.

Acreditamos que à medida que alguém é submetido as amarguras da vida que a pessoa vai redefinir as suas prioridades, vai desatar as dúzias de nós que prejudicaram outros, que diante da fragilidade da vida humana vai reconsiderar e até mesmo mudar a maneira como trata as pessoas... Mas nem sempre isso acontece. 

Superar a si mesmo neste sentido requer mais esforço do que recuperar as funções psíquicas, motoras ou sensitivas. Requer readaptação ao novo ambiente que hora se mostra favorável quando o antigo é apenas uma fuga da realidade. É uma renovação de mente, alma e espírito quando o corpo está fragilizado. 

Mas este tipo de superação não é obtido por intervenção externa, conselhos, orações de um mediador. Acontece de dentro para fora, como uma transformação ativada pelo desejo pessoal de quem realmente quer algo melhor para sua vida. O "dane-se todo mundo" dá lugar ao novo "eu" que pretende perdoar, amar, dar continuidade a família, seu bem maior. No caso, se isolar não é a melhor solução.

Superar a si mesmo não porque alguém insinuou que a pessoa está sufocando seus familiares, que seu mau humor está afastando as pessoas, que seu desagrado é desnecessário e está roubando a paz e o sorriso daqueles que estão ao seu lado. 

Mas porque de alguma forma, todo aquele infortúnio afetou sua vida consideravelmente a ponto da pessoa precisar viver mais e plenamente.  E isso só é possível quando nos desprendemos do passado, não das pessoas! 

Mas como disse no início, nem sempre é fácil 


Marion Vaz

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Projeto Social Josué

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Tem coisas na vida que parece uma caixinha de surpresa em que você tem que adivinhar se são boas ou ruins. Mas a nossa mente tem essa capacidade de fazer escolhas, de pensar, de opinar, de estabelecer prioridades. O Projeto Josué, Calebe, Paulo, Natanael, são ideias que surgem em determinadas igrejas para justificar o comportamento do crente em relação ao próximo. Assim, se você vestir uma camisa e sair por ai ajudando alguém... Você está dentro! 

Não como aquela campanha "Criança Esperança" que arrecada milhões de reais para ajudar os projetos em curso ou implementar outros. Porque aqui ninguem investe dinheiro só trabalho. Caridade à parte, quem sai realmente ganhando? O que está por trás de todos os sorrisos e pedidos de ajuda? 

Com base em textos bíblicos as igrejas vem colocando nas ruas em determinados períodos do ano, um grupo de crentes dispostos até a varrer calçadas e limpar as casas dos outros para mostrar o amor ao próximo ou que fazemos parte da Comunidade. Um projeto social, sem dúvida. Um projeto que ajuda muita gente e sensibiliza os necessitados. Mas será que se quer visibilidade com isso? 

Talvez isso não conte muito para a massa de classe média baixa que compõe a maior parte dos selecionados, que encara o projeto como um desafio, um trabalho social, um cumprimento do Ide de Jesus. E com certeza tem um retorno tanto no sentido espiritual quanto material, pois existe muita gente carente de uma ajuda braçal. 

Mas sinceramente, no último vídeo via redes sociais, achei um discurso desapropriado do organizador do programa desafiar o Prefeito da cidade do Rio de Janeiro, mostrando que tinha deixado sua residência para pintar um muro. Parecia mesmo uma alusão a propaganda política do tipo: "Você não fez então estou fazendo'. Não foi de bom tom a menos que se queria mesmo ter visibilidade nacional, contrariando o discurso de Jesus: "Não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita' (Mt 6.3) -  E que isso não sirva de anedota sobre partidos políticos (risos).

Caso venha a acontecer, seremos testemunha de mais bate boca através do Twitter, programas de televisão e vídeos no Youtube. O que também não vai ser nada agradável de se ver. E que na minha humilde opinião descaracteriza o trabalho de "Bom Samaritano". 

Rendimentos à parte, fica aqui um aplauso àqueles que prontamente se identificaram com o Projeto e "lançaram mão ao arado". E também uma dica: Não adianta fazer bonito lá fora se dentro da própria casa não se tem compromisso. Então, dê uma boa olhada em volta pra saber no que realmente está investindo.

Marion Vaz


quinta-feira, 9 de novembro de 2017

O Elo Partido



Ao contrário do que muita gente pensa é simples romper o elo que liga as pessoas. Se por um lado requer paciência e tempo, por outro ponto de vista pode ser em segundos. Pode ser que com apenas uma frase você coloque uma ideia na cabeça de alguém e aquilo vai se tornando verdade ao longo dos anos. Principalmente se essa pessoa tem certa influência na vida de familiares e amigos. E como a palavra dele é lei, aceita-se como ideal e lógico. foi assim que meu relacionamento terminou antes mesmo de começar. E agora que o elo se partiu não há mais razão para não falar sobre isso.

Parece bom quando se tem um amigo, um confidente, um irmão mais chegado, pra quem podemos contar todos os nossos sentimentos, emoções e sonhos. Parece bom ter aquele ombro amigo que vai estar sempre a disposição quando se precisa. Parece bom mesmo ter alguém que nos dê todas as respostas, que faça escolhas e nos diga sem exitar o que devemos fazer e pensar, seja em questões profissionais, amorosas ou até religiosas. Mas é muito ruim quando essa influência chega ao ponto de determinar com quem você deve ficar ou não. Se a pessoa que se apaixonou por você serve ou se "ela não é para o teu bico"! - Quer apostar? Foi a resposta imediata! Uma brincadeira boba que praticamente determinou o resto de nossas vidas.

E aí começa a história em que você vira um joguete ou o resultado de uma aposta. Tudo bem. Sentimentalismo à parte, o vencedor levou o premio. Mas o relacionamento não durou muito porque a regra geral dizia e repetia, não sei se na mente ou no coração, "ela não é para o teu bico"... Afinal... Quem afirmava era o mentor, aquele que estava ao lado o tempo todo.

Enfim... Pequenas atitudes ao longo dos anos afastaram as pessoas, os filhos, os amigos. Erros foram cometidos e perdeu-se parte da vida por não querer se envolver o suficiente para que a palavra final do mentor prevalecesse. Não que a culpa fosse de uma única pessoa, porque houve outras intervenções  também. E independente das lágrimas, do sentimento de rejeição, dos problemas financeiros e emocionais a outra parte sobreviveu. 

Mas a razão desse texto não se resume em contar uma história triste e sim falar de perdão. Ignorando a opinião das massas, a outra parte tenta se reestruturar, elabora sonhos, sobrevive e se mantem digna de respeito e admiração. Porque a vida passou e um milhão de coisas aconteceram e não há como voltar no tempo, nem para reparar danos ou convencer de que podia ter sido de outro jeito.

A vida é assim, uma corrida louca contra o relógio que insiste em seu tic tac como o ritmo do coração... Coração que num dado momento deixou de bater. Sem aviso. Sem piedade. E o que dói mais além da separação é essa angústia de ter esperado tanto tempo como na história do Titanic. Não ter tido coragem de esclarecer as coisas e você se foi sem aquela conversa franca sobre o que pudesse estar certo ou errado. Talvez lá no fundo do seu coração você já soubesse disso... Talvez tenha me dito isso naquele último sorriso. Mas infelizmente não se retratou... E então as coisas vão continuar como estão...

Mas fica aqui uma palavra de perdão. Mesmo porque talvez a ideia fosse proteger as partes ou quem sabe até fazer disso um elogio... Talvez não fosse enaltecer um e minar a confiança do outro. E como não se pode mudar o passado, seguimos em frente tentando reparar os danos, diminuir a distância, entrelaçar vidas que passaram tantos anos afastadas. Estendendo as mãos a quem precisa e ajudando alguém a se reerguer.

E nesse corre corre em busca da felicidade podemos esquecer uma ofensa e perdoar. Descansa em paz.


Atualizado em 20/11/2017: Acabei de saber que há dois meses atrás você disse pra alguém que eu teria sido a escolha certa. Então vou considerar isso uma retratação. Descansa em paz amigo.

Marion Vaz

sábado, 28 de outubro de 2017

Mania de se espiritualizar tudo



Existem diferenças gritantes entre o que é espiritual e o que é de ordem social ou material. No entanto, na maioria das vezes as pessoas procuram respostas ou até considerações no sentido religioso para aquilo que se poderia resolver de forma lógica e conveniente.

Por diversas vezes já ouvi alguém dizer: Vamos orar! Não que a oração não tenha o seu valor. Uma das minhas decisões sobre qualquer coisa é que: Se eu não posso resolver com diálogo, vou orar e jejuar sobre o problema. Mas às vezes, uma boa conversa, ou uma palavra direta pode solucionar a questão. Um ditado popular afirma que "por falta de um grito se perde uma boiada". 

Não que brigar, discutir em voz alta, ferir com palavras a outra pessoa, transformar a casa numa praça de guerra, possa trazer algum benefício ou mudança. Às vezes, precisamos esperar para agir ou para tocar no assunto. Tudo depende do nosso controle emocional e do senso de prioridade.

Enfim, os problemas de ordem social, política, financeira, moral e sentimental tem soluções plausíveis. Embora eu pense que a solução para os problemas políticos no Brasil está condicionada a moral de cada candidato eleito e aí fica difícil esperar que a Justiça prevaleça.

Mas nem tudo depende do agir de Deus e foi por isso que Ele nos deu o livre arbítrio. No episódio da saída do povo de Israel do Egito em que eles estavam em frente ao Mar Vermelho, Moisés foi orar e a resposta de Deus foi: "Por que clamas a mim, dizes aos filhos de Israel que marchem" (Êxodos 14.15) ou seja, era hora de agir. Mesmo que o momento seja crítico, temos capacidade para analisar uma situação e achar a solução.

Os problemas comuns na família, no trabalho, na vida pessoal que acontecem no dia a dia podem ser resolvidos. Basta se achar um "denominador comum" para todos. O importante é manter o equilíbrio diante das situações. 

Mas o que me fez pensar porque as pessoas têm essa mania de espiritualizar tudo foi a frase que coloquei na minha página da rede social: Cada um vive do jeito que quer!  Eu estava realmente pensando na praticidade da vida, na forma como as pessoas decidem passar o seu dia a dia e que por mais que alguém ache que está errado isso ou aquilo, foi a escolha da pessoa. Não se pode ter uma vida plena e satisfatória tentando mudar o pensamento dos outros o tempo todo.  Mas os comentários foram de ordem espiritual do tipo: "Não mais vivo eu mas Cristo vive em mim". Ok! Nada contra! Mesmo porque a comunhão com Deus é algo pessoal. E esse tipo de declaração nos sensibiliza no tocante a vida espiritual da pessoa que não prioriza mais as coisas do mundo e sim os mandamentos de Deus e a Sua vontade.

Mas em uma análise geral pode ser que para algumas pessoas é bem mais fácil "colocar tudo nas mãos de Deus" e ficar esperando um milagre. Nem todo mundo tem disposição para lutar e vencer barreiras basta observar os textos bíblicos para ver que Deus colocou alguns para liderar, guerrear, administrar e aconselhar o povo. 

O que não quer dizer que você tenha que ficar à sombra de uma árvore enquanto a vida passa diante dos teus olhos. Pare de espiritualizar as coisas e ache uma solução plausível para o problema.


Marion Vaz




sábado, 7 de outubro de 2017

O que você vai fazer quando Deus precisar de você?

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Depois de tanto tempo sem escrever achei que valia a pena retornar a esta missão de "mudar o mundo". Ao assistir a série Grey's Anatomy em uma de suas mágicas cenas o chefe da cirurgia do Seattle Grace  estava dando uma palestras aos funcionários e pronunciou uma das verdades da série:
- Você já reparou nas pessoas que estão ao seu lado?  
Em poucas palavras ele ensinou aos médicos e residentes sobre a influência que cada um deles exercia sobre os outros, não somente na questão do trabalho, algo mais definido e importante que refletiria em toda a vida e carreira daquela pessoa.

Interessante que isso já havia me ocorrido em duas ocasiões especificas e as duas ocorreram num transporte público. É humano não se preocupar com quem está próximo. É o oposto do "amarás o teu próximo como a ti mesmo", mas é uma realidade dessa nossa geração. Quem se importa com o que a outra pessoa está passando? Se ela tem problemas, se precisa de um conselho, de um amigo... Andamos nas ruas tão sobrecarregados com os nossos próprios problemas que mal olhamos para o lado. Admita!

As pessoas estão carentes de afeição, de amizade sincera, de uma palavra de apoio e nós nos desviamos delas, nos silenciamos, até mesmo porque há um número considerado de ideias nas quais a maioria se apoia para indicar que são as "detentoras da verdade absoluta" e assim nada do que dissermos vai contribuir ou mudar o pensamento e o modo de vida da tal criatura.

Então, na maioria das vezes nos limitamos a ouvir e ouvir e ouvir e depois sorrimos meneando a cabeça numa atitude condescendente. Abortamos nossos próprios pensamentos, nossas ideias sobre isso ou aquilo para não transformar a conversa numa discussão infundada.

Confesso que essa tem sido a minha conduta diante de determinadas pessoas, porque as vezes não vale a pena questionar atitudes, rever conceitos, receitar um monte de valores que serão desprezados e até mesmo ridicularizados. 

Mas naquele dia foi diferente, estava sentada num transporte coletivo às seis horas da manhã de uma segunda feira tentando me distrair olhando pelo vidro da janela. A trocadora conversava com o motorista sobre alguém ou um episódio que havia ocorrido no dia anterior. Notei que se tratava de alguém próximo a ela devido as considerações e a preocupação. Olhei para ela quando mencionou que foi procurar uma resposta na Bíblia e num daqueles "sorteios" que a gente sempre faz, ela começou a ler a carta de Paulo a Filemon. 

Sem demostrar qualquer interesse fiquei ouvindo o assunto já que ela falava alto e havia poucos passageiros no ônibus. A mulher explicou o assunto do livro ao motorista que parecia não pertencer a mesma igreja que ela e notei certo entendimento sobre o texto bíblico. De repente ela deu um grande suspiro e desabafou: Não entendi... 

Olhei para aquele rosto apoiado nas mãos, aquele som do suspiro se repetiu. A mulher parecia decepcionada e completamente perdida em seus pensamentos. Foi então que Deus falou comigo: A resposta é apoio! A resposta pra ela é apoio. 

Fiquei imóvel, perplexa por Deus está ali, bem do meu lado e falando comigo. Repensei no assunto que ela expôs, no texto bíblico... Mas ela estava conversando com o motorista, amigo dela... Eu era só uma passageira e nem sequer costumava pegar aquela condução... A resposta é apoio! Afirmava a voz no meu ouvido.

Chegamos ao ponto final e eu tinha que descer, estava atrasada e havia uma boa distância para andar até a casa da minha filha. Levantei e fui até a porta de saída. Olhei aqueles olhos tristes e não tive como me esquivar.
- Oi. Bom dia - Falei sem graça por me intrometer no assunto. A resposta que você está procurando é apoio! A mulher arregalou os olhos e eu expliquei algumas particularidades da carta de Paulo a Filemon. Não era uma resposta teológica, mas a essência. Paulo estava dando apoio a alguém que iniciava sua fé e precisa de ajuda para resolver um problema.

A mulher sorriu e exclamou: É isso! É isso mesmo! Apoio! repetia. Agora eu entendi tudo... Me despedi e sai do ônibus sem deixar de notar a alegria que tomou conta dela. Uma simples palavra, uma resposta que mudou o dia daquela mulher e que iluminou seu rosto. Ela não sabia, mas eu também estava surpresa com o acontecido. Andei pela rua pensando como Deus ainda precisava de mim e queria me usar.

Em outra ocasião, sentei ao lado de uma moça num ônibus e ela começou a puxar assunto. Sabe aqueles dias que você só quer ficar quieta no seu cantinho? Pois bem, não foi desta vez. A moça mudava de assunto a todo instante e eu educadamente sorria e comentava alguma coisa. Até que ela entrou no quesito religião e de como estava trabalhando para Deus e louvando o seu nome. E apesar de estarmos num transporte coletivo ela desabafou algo do seu passado. Percebi que era algo que a incomodava muito e ela precisava falar. Ouvi e depois citei vários versículos da Bíblia que mostravam que ela era nova criatura e que Deus já havia perdoado seus erros do passado. Mas ela continuava falando e se... e se... 

Percebi que as pessoas estão famintas de Deus e de sua Palavra. Que elas não recebem alimento apropriado em suas igrejas e repeti alguns versículos para que ela entendesse a grandiosidade do perdão de Deus sobre a vida dela. Não tem mais se... Exclamei! Essas acusações na sua mente são do inimigo. Declare que você está liberta, salva, que seus pecados foram apagados e você foi redimida em Cristo. A Bíblia diz que as coisas velhas já passaram e eis que tudo se fez novo. Você é uma nova criatura!
- É isso! Exclamou. Então vi aquela expressão de preocupação se transformar num sorrido. Simples assim...
- Simples assim... Repeti. Todo peso que estava sobre ela se foi quando compreendeu o significado da Palavra de Deus. 

Desci do ônibus feliz por ter ajudado aquela moça, mas fiquei pensando: O que estão pregando nas Igrejas? Anos de tormento, de acusações infundadas em seu coração por falta de entendimento das Escrituras.

Olhe a sua volta, não desvie do caminho de alguém. Deus precisa de você, de mim, de quem estiver a disposição para ensinar, para falar, para aconselhar pessoas que estão perdidas e quem sabe passando por momentos de tristezas e angustias. 

Aprendi com tudo isso que uma simples conversa pode mudar o rumo da vida de alguém.


Marion Vaz






quarta-feira, 19 de abril de 2017

A Arte do Descaso


Quem ainda não ouviu falar de toda essa corrupção que existe no Brasil? E não é apenas um caso isolado aqui ou ali. O que me parece é que todo o Sistema está corroído, infectado, desastrosamente arruinado com este mal. Não consigo olhar para qualquer político seja de que Partido ele pertença, do Rio de Janeiro ou na mais longínqua localidade do país, sem achar que ele pode ser ou se tornar corrupto. Não me tire por pessimista não, porque o problema está no Sistema. Pode existir casos de pessoas boas que entrem para a Política com intensões fundamentadas em suas crenças religiosas, histórico familiar, amor ao próximo... Pode ser! Mas é só ficar em contato com o resto pra coisa desandar. Opinião minha, você pode discordar.

Mas o caso é que a cada dia surgem novas denúncias, delatores, processos em andamento que não acabam nunca e na pior (melhor para alguns) hipótese, a coisa termina em pizza, Vai uma aí? Porque ser ou estar corrupto não depende mais da condição social da pessoa, está no DNA. Sabe aquela nova série que estão lançando, 171 Negócio de Família? Só o título explica bem o que acontece na Pátria Amada. E ainda tem gente fazendo piadinha com político que inaugurou um presídio e agora está morando nele e ainda levou amigos e parentes... Como se a coisa fosse parar por aí e ele teve o que mereceu... Sabe de nada inocente!

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O que não se contabiliza é a quantidade de gente que ficou no prejuízo pela roubalheira nos cofres públicos e desvio de dinheiro para contas de uns e outros. Porque na verdade a Arte do Descaso não mede esforços para prejudicar quem quer que seja. Desde que “alguém” esteja “levando um qualquer por fora” o resto (que na verdade pode ser você e eu) que se dane. E isso se tornou uma doença que contaminou a população. Ser honesto hoje em dia virou uma piada de mal gosto. O que importa é ser coerente, cordato, conivente com o Sistema para o qual se trabalha.

Se você já fez alguma reclamação numa Empresa prestadora de serviço julgando que fosse ser atendido com destreza, que seu caso seria analisado com rigorosa atenção e recebeu apenas uma cartinha informando que a reclamação é inconsistente, mas obrigada por acessar os nossos serviços, sabe do que eu estou falando! E é assim que acontece com qualquer um, o Descaso não discrimina por cor de pele, raça ou religião, ele atinge a todos sem qualquer remorso. 

Aconteceu comigo em poucos dias, depois de reclamar com a Ouvidoria de uma Empresa sobre a minha conta de luz, enviando imagens, informações e todo material necessário para análise, o retorno foi feito através de cartas padronizadas e uma infinidade de número de protocolos que eu não consigo identificar pra que servem.

Enfim, a Arte do Descaso introduzida nas atividades pode influenciar na manipulação dos resultados a favor da Empresa tornando útil o trabalho de cada atendente. Dane-se o consumidor, o cliente, o queixoso, o pai de família, a dona de casa, o pensionista... Em outras palavras: Problema teu! Era como se o atendente estivesse falando: "Vai pra Justiça que é falha mesmo, se acha que vai conseguir alguma solução... Eu hem... Pessoa estressada enviando e-mail toda hora... Me deixa quieta no meu Zap! Me esquece!" - Acho que isso seria cômico se não fosse real e resultasse numa quantidade imensa de reclamações acumulando a pasta da lixeira de um computador. 

Esse desabafo, se assim preferir o leitor, é apenas uma pequena pincelada no retrato do país chamado Brasil, onde somos expostos a todo tipo de humilhação mesmo tendo razão. Porque aquele que leva vantagem, por menor que ela seja, não está se incomodando com quem está prejudicando. Ele não se importa de ser apenas um fantoche manipulado pelo Sistema. Sabe aquela história do tomate podre que contamina os outros? Deveria ser ao contrário: Uma pessoa de boa índole se identificaria como um exemplo para os demais a ponto de transformar a Sociedade. Mas não é isso que acontece. 

Na realidade, a pessoa assume para si a velha postura de vilão, o que nos faz pensar naquela frase do policial da série Shades of Blue que insiste em propagar: “Às vezes, a decisão certa não está nas regras”. O que vemos então é que a corrupção ganha força e adeptos em qualquer lugar, área, departamento, ministério, onde a propina vira capital de giro para financiar a continuidade das operações do Sistema/Vida.

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Marion Vaz

sábado, 25 de março de 2017

Mulheres em Crise - Sarah

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Certamente esta mulher vivenciou uma crise. Com o coração entristecido por não poder dar a luz a uma criança, Sarah se vê diante das promessas de Deus para com o patriarca Abraão de que ele seria uma grande nação.
Muitos comentaristas da Bíblia, preletores e estudiosos ao se depararem com a história desta mulher, acabam condenando suas atitudes. Mas se olharmos para o contexto social da época temos razões sublimes para aceitar sua maneira de pensar.  Então vamos voltar no tempo?
Imagine uma mulher casada, vivendo como andarilha numa terra estranha (depois que saiu de Ur dos Caldeus para Canaã) vendo todas as suas servas tendo filhos? Passados muitos anos de sua vida, já com idade avançada, sem menstruação, se vê diante de um dilema, uma promessa de que seu marido seria pai...
Com certeza ela riu escondida atrás da porta, ao ouvir estas palavras do anjo. Pense que Sarah não tinha, como Abraão, toda aquela intimidade espiritual com Deus. Ela ainda estava aprendendo a lidar com toda aquela situação, aquele vai e vem, monta e desmonta as tendas (pois a ordem de Deus era para percorrer a terra em sua largura e comprimento), e Abrão se envolvendo em guerras. O marido praticamente mudou de religião! E a mulher ali, tendo que obedecer, respeitando a opinião e o querer do esposo.
Se hoje em dia, já é difícil para uma mulher conciliar o trabalho de casa, com as aptidões espirituais, acompanhar o marido, caso ele se torne obreiro, evangelista ou pastor, em suas atividades na igreja, imagine Sarah, numa época que a mulher não tinha o direito nem de dar opinião como era a conduta dos povos ao redor!
Simples mesmo é olhar para o texto bíblico e tirar nossas próprias conclusões. Não pense que foi fácil para Sarah oferecer Agar como mulher ao marido. Ela devia estar muito angustiada, pressionada, além do que, era um costume da época, um padrão de comportamento. Basta olharmos para a história de Jacó e todos os filhos que teve com as esposas e as servas.
Mas para Sarah seria um “recompensa” saber que o marido teria uma criança nos braços. No contexto da Aliança feita por Deus com o patriarca, não era o ideal. Mas Ismael também foi abençoado por Deus. Mas a promessa da posse da terra era para Abraão e seus descendentes com Sarah, o que se cumpriu em Isaque.
O que me impressiona na história dos patriarcas é, sem dúvida, a mudança dos nomes. Abrão passou a se chamar Abraão e Sarai, Sarah. Da mesma forma que Jacó passou a se chamar Israel como parte do cumprimento da aliança. Ao assumirem esta postura, mesmo com as inúmeras indagações, estavam se posicionando como herdeiros da promessa, da aliança eterna.
Talvez isso nos falte hoje em dia, esse comprometimento. Em parte cremos, em parte queremos “ver para crer”. Concorda? Mas como está escrito em Hebreus 11 eles tomaram posse das promessas pela fé, muito antes de qualquer realização. Viam o “invisível”. E o texto afirma que foi pela fé, que Sarah recebeu a virtude de conceber e dar a luz já fora da idade (Hebreus 11.11). O que nos revela um crescimento espiritual.
Outra crise vivenciada por esta mulher foi no momento em que se viu obrigada a pedir  ao esposo para escolher entre ela e Isaque ou Agar e Ismael. A decisão de despedir a serva com o filho foi sábia, os dois meninos não poderiam herdar juntos a Terra Prometida. E Sarah agiu conforme o seu coração para proteger o filho das implicâncias de Ismael e de futuras complicações.


O que nos leva a pensar se estamos dispostos a arriscar, a nos envolver, a tomar decisões difíceis pelos nossos filhos ou se é mais fácil sermos coniventes com as situações? 

Texto extraído do livro Mulheres em Crise de Marion Vaz

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Túmulo dos patriarcas em Hebrom - Israel

terça-feira, 14 de março de 2017

Não Autorizo

Nos últimos dia choveu no Facebook essa postagem. E não é a primeira vez que isso acontece. De tempos em tempos um número determinado de usuários copia e cola em sua página esse tipo de recado não autorizando a redistribuição de suas publicação, fotos e frases com pena de violação de privacidade. Alguém pode avisar para esses ingênuos que existe um ícone no Face em que você escolhe quem pode ou não visualizar suas postagens? E que esse tipo de recado não tem validade alguma? 

O Facebook é uma rede social, ou seja, um espaço para socialização e não uma rede privada como Email ou Gmail em que tudo é confidencial. O Face é um veículo de entretenimento, de relacionamentos e tudo que você postar, seja para amigos ou público, poderá ser compartilhado! Com ou sem a sua autorização! Mas tem cada postagem que foge ao meu entendimento! É tanto Boa Noite ou Bom dia com direito a carinhas e flores que parece que a pessoa não faz outra coisa na vida! Se vai ali do outro lado do mundo ou na esquina da própria rua tem que postar, tem que compartilhar, anúncios de pequenos negócios, serviços terceirizados, críticas, insatisfação pessoal, DRs, propaganda de Igrejas diversas, e uma infinidade de informação diária que muitas vezes nem tem valor emocional ou espiritual. E aí a pessoa fica torcendo pra sua postagem se transformar num viral!

E aqueles "desavisados da vida" enfeitando a página com os dizeres: "Não autorizo" ou "Autorizo isso e não aquilo". No ano passado inúmeros amigos deletaram outros por pura desinformação. Sinceramente, fala serio! Se você publica algo na Internet fica online e passa a ser público. Se você não quer que ninguém saiba, não se exponha, não publique, não revele via redes sociais! E tem gente que acredita mesmo nestes postes e fala com tanta veemência que convence outras pessoas a fazerem o mesmo. 

Então, pra não perder a piada...

- Não Autorizo! Vou construir uma bolha pra ficar lá dentro sem qualquer contato com o resto do mundo! kkkkkkkk


Marion Vaz